Amigos, mudei de blog!
Estou agora em http://blog.fabricio.org e estou tentando atualizar bastante! :)
Portanto, atualizem seus feeds para http://blog.fabricio.org/rss/ pois este é o último post oficial do I do my own stunts no blogspot.com
O Blogger foi uma ótima e conveniente casa para mim ao longo de tantos anos, e vou manter o site aqui pois existe muita história aí nos arquivos. Mas as coisas evoluem e agora cuido da minha casa propria em domínio próprio, com plataforma muderna a self-hosted.
Se alguém ainda não tinha ficado sabendo do blog novo, fica aqui a dica: Egoísmo Duplicado, o novo blog pessoal de Fabricio C Zuardi.
Nos vemos lá :)
quarta-feira, setembro 03, 2014
terça-feira, outubro 02, 2012
Penúltimo post
Vamos encarar a realidade, após quase 10 anos de blog muita coisa mudou, a internet é outra, o mundo é outro.
Estou dando uma geral nas minhas velharias, cancelando serviços que pago e não uso, cancelando contas de serviços que hoje são apenas fontes de spam, tentando organizar meu apartamento e minha vida, entre outras coisas.
Como parte desta reestruturada, este blog, neste formato será encerrado em breve, este é um post de aviso e agradecimento aos que me aguentaram nesta viagem, é o penúltimo post deste blog.
O próximo e último será com informações de para onde estou me mudando (virtualmente/digitalmente falando).
[]s
Fabricio
Estou dando uma geral nas minhas velharias, cancelando serviços que pago e não uso, cancelando contas de serviços que hoje são apenas fontes de spam, tentando organizar meu apartamento e minha vida, entre outras coisas.
Como parte desta reestruturada, este blog, neste formato será encerrado em breve, este é um post de aviso e agradecimento aos que me aguentaram nesta viagem, é o penúltimo post deste blog.
O próximo e último será com informações de para onde estou me mudando (virtualmente/digitalmente falando).
[]s
Fabricio
segunda-feira, abril 30, 2012
Triple Boot: Mac OS X Lion + Windows 7 + Ubuntu 11/10
Já fazia um tempo que eu queria ter uma partição Linux no meu laptop, basicamente eu queria testar o Novacut, editor de vídeo focado em workflow dslr em processo de desenvolvimento...
Aí agora que eu estou interessado em testar e desenvolver para Boot2Gecko, cujo build system no momento é testado e documentado com base no ubuntu, resolvi que era hora de eu tentar de novo conviver com os 3 sistemas operacionais na mesma máquina. E sem ser via Máquinas virtuais porque eu nunca me entendo com o USB do Virtualbox no Lion que é bem zoado.
Enfim, meu laptop já convivia normal com dois SOs, eu já possuia uma partição BootCamp com Windows, que fiz do jeito normal que a Apple recomenda e provê as ferramentas. Eu precisava fazer uma nova partição, instalar linux nela e tentar não estragar os boots de nenhum sistema.
Usei este post como meu guia principal deve ser o primeiro resultado do Google para triple boot lion ubuntu. Meu laptop é um MacBook Pro de 17 polegadas já um pouco antigo o id do modelo é MacBook5,2
Segui à risca as instruções, instalar o rEFIt manualmente é importante, e fazer um backup da tabela gpt com o gptfdisk também!
Acabei não usando o live CD que ele recomenda, fiz só um pendrive de boot, e também não fiz a etapa de instalar windows porque eu já estava com ele instalado pelo bootcamp (depois de instalar o rEFIt você não vai conseguir bootar na partição windows, mas isto se arruma depois que o ubuntu estiver instalado e o grub responsável por qual partição bootar).
A parte que me deu dor de cabeça foi o boot inicial para a instalação do ubuntu, aparecia esta tela abaixo, roxa com um negócio que lembra um teclado e um cara dentro de um círculo por um tempo e depois a tela ficava preta para sempre sem nenhum feedback:
Acontece que se você pressionar qualquer tecla durante esta tela, ele te mostra uma versão mais verbose do que está acontecendo e te dá mais opções.
No meu caso, a opção que eu precisava usar para a tela de instalação parar de ficar preta forever era uma "nomodeset" que na tela mais completa de boot da instalação você pode facilmente acionar usando o F6:
No meu caso eu não instalei o ubuntu direto, eu dei um "Try Ubuntu without installing" primeiro e depois que vi que funcionou, instalei lá de dentro do live.
Após a instalação, o mesmo problema do boot aconteceu, desta vez tive que editar a entrada do grub (apertando "e" na opcao selecionada) para colocar esta opção "nomodeset" manualmente de novo. E voltei pro Lion para seguir com os passos lá do guia (criar uma nova mbr table com gptfdisk).
Depois disso bootei com a tela do rEFIt mais uma vez escolhendo a partição Windows(que foi por onde eu instalei o ubuntu) e boom! O grub apareceu! :)
Depois disso tive que instalar os drivers proprietarios que o ubuntu recomenda para que meu wifi funcionasse e tive que editar um arquivo de texto de configuração para que o drag and drop do trackpad ficasse usável. Coisas de linux...
Pelo grub eu consigo bootar no ubuntu e no windows, para voltar pro lion só pelo rEFIt mesmo, restartar segurando a tecla alt e escolher a opção da particao Mac.
Aí agora que eu estou interessado em testar e desenvolver para Boot2Gecko, cujo build system no momento é testado e documentado com base no ubuntu, resolvi que era hora de eu tentar de novo conviver com os 3 sistemas operacionais na mesma máquina. E sem ser via Máquinas virtuais porque eu nunca me entendo com o USB do Virtualbox no Lion que é bem zoado.
Enfim, meu laptop já convivia normal com dois SOs, eu já possuia uma partição BootCamp com Windows, que fiz do jeito normal que a Apple recomenda e provê as ferramentas. Eu precisava fazer uma nova partição, instalar linux nela e tentar não estragar os boots de nenhum sistema.
Usei este post como meu guia principal deve ser o primeiro resultado do Google para triple boot lion ubuntu. Meu laptop é um MacBook Pro de 17 polegadas já um pouco antigo o id do modelo é MacBook5,2
Segui à risca as instruções, instalar o rEFIt manualmente é importante, e fazer um backup da tabela gpt com o gptfdisk também!
Acabei não usando o live CD que ele recomenda, fiz só um pendrive de boot, e também não fiz a etapa de instalar windows porque eu já estava com ele instalado pelo bootcamp (depois de instalar o rEFIt você não vai conseguir bootar na partição windows, mas isto se arruma depois que o ubuntu estiver instalado e o grub responsável por qual partição bootar).
A parte que me deu dor de cabeça foi o boot inicial para a instalação do ubuntu, aparecia esta tela abaixo, roxa com um negócio que lembra um teclado e um cara dentro de um círculo por um tempo e depois a tela ficava preta para sempre sem nenhum feedback:
Acontece que se você pressionar qualquer tecla durante esta tela, ele te mostra uma versão mais verbose do que está acontecendo e te dá mais opções.
No meu caso, a opção que eu precisava usar para a tela de instalação parar de ficar preta forever era uma "nomodeset" que na tela mais completa de boot da instalação você pode facilmente acionar usando o F6:
No meu caso eu não instalei o ubuntu direto, eu dei um "Try Ubuntu without installing" primeiro e depois que vi que funcionou, instalei lá de dentro do live.
Após a instalação, o mesmo problema do boot aconteceu, desta vez tive que editar a entrada do grub (apertando "e" na opcao selecionada) para colocar esta opção "nomodeset" manualmente de novo. E voltei pro Lion para seguir com os passos lá do guia (criar uma nova mbr table com gptfdisk).
Depois disso bootei com a tela do rEFIt mais uma vez escolhendo a partição Windows(que foi por onde eu instalei o ubuntu) e boom! O grub apareceu! :)
Depois disso tive que instalar os drivers proprietarios que o ubuntu recomenda para que meu wifi funcionasse e tive que editar um arquivo de texto de configuração para que o drag and drop do trackpad ficasse usável. Coisas de linux...
Pelo grub eu consigo bootar no ubuntu e no windows, para voltar pro lion só pelo rEFIt mesmo, restartar segurando a tecla alt e escolher a opção da particao Mac.
quarta-feira, abril 25, 2012
B2G DogFood 1
Ganhei um telefone Nexus S com Boot2Gecko instalado antes de ontem!!
Por enquanto eu ainda não consigo usá-lo como telefone porque ele não reconhece minha operadora, Claro, (e se alguém em situação similar souber o caminho das pedras por favor deixe nos comments) então por enquanto continuo usando meu bom e velho Nokia N95 para fazer chamadas e enviar mensagens.
Mas é temporário. Pretendo aposentar este meu telefone para mergulhar de cabeça nesta plataforma embrionária e viver na pele as dores de ser um cobaia de um sistema para lá de alpha e super bugada o quanto antes.
Sou masoquista? Talvez, mas acredito demais na idéia de um telefone celular verdadeiramente customizável/hackeável. E a melhor forma de fazer o projeto avançar é "comendo sua própria ração de cachorro", como web developer acredito que haja muitas áreas em que eu possa ser útil e quero me envolver nelas. Vamos ver onde isso vai dar.
Ah sim, existe a possibilidade dos posts deste blog se tornarem um pouco mais técnicos, repetitivos e em torno de um ou poucos assuntos, mas para um blog com dificuldades de se manter vivo eu acho que não será lá um grande problema :)
Por enquanto eu ainda não consigo usá-lo como telefone porque ele não reconhece minha operadora, Claro, (e se alguém em situação similar souber o caminho das pedras por favor deixe nos comments) então por enquanto continuo usando meu bom e velho Nokia N95 para fazer chamadas e enviar mensagens.
Mas é temporário. Pretendo aposentar este meu telefone para mergulhar de cabeça nesta plataforma embrionária e viver na pele as dores de ser um cobaia de um sistema para lá de alpha e super bugada o quanto antes.
Sou masoquista? Talvez, mas acredito demais na idéia de um telefone celular verdadeiramente customizável/hackeável. E a melhor forma de fazer o projeto avançar é "comendo sua própria ração de cachorro", como web developer acredito que haja muitas áreas em que eu possa ser útil e quero me envolver nelas. Vamos ver onde isso vai dar.
Ah sim, existe a possibilidade dos posts deste blog se tornarem um pouco mais técnicos, repetitivos e em torno de um ou poucos assuntos, mas para um blog com dificuldades de se manter vivo eu acho que não será lá um grande problema :)
domingo, janeiro 15, 2012
Dicas de Leitura
Aqui alguns links interessantes que trombei nestes últimos dias:
Recomendo a utilização de algum plugin que limpe as páginas e as tornem agradáveis para a leitura, tipo o Clearly, Readability, Instapaper Text bookmarklet ou mesmo o Stylebot. Pois as sidebars e propagandas em sites de jornais andam cada vez pior…
- How Yoga Can Wreck Your Body
“Yoga is for people in good physical condition. Or it can be used therapeutically. It’s controversial to say, but it really shouldn’t be used for a general class.”
…According to Black, a number of factors have converged to heighten the risk of practicing yoga. The biggest is the demographic shift in those who study it. Indian practitioners of yoga typically squatted and sat cross-legged in daily life, and yoga poses, or asanas, were an outgrowth of these postures. Now urbanites who sit in chairs all day walk into a studio a couple of times a week and strain to twist themselves into ever-more-difficult postures despite their lack of flexibility and other physical problems.
- A Man. A Van. A Surprising Business Plan.
We've all been there. Trapped in line at the DMV. Or stuck on hold while trying to call a city agency. It's easy to complain about government bureaucracy. But it's the rare person who sees such inefficiency as a business opportunity.
- In Which Eben Moglen Like, Legit Yells at Me for Having Facebook
Mr. Moglen, a law professor at Columbia University , was not particularly interested in talking about banks using social media to spy on their customers.
Everyone who uses Facebook, Twitter and the like shares the blame for the serious and ongoing global erosion of privacy enabled by the internet, he said. Banks aren’t the problem, he said; the users tempting banks with their Twitter and Facebook postings are the problem. - Be A Creator, Not a Consumer
Write a book. Start a blog. Build a website. Publish some software. Contribute to an open-source project. Participate in forums. Leave an indelible mark on your community.
- The Curse of Cow Clicker: How a Cheeky Satire Became a Videogame Hit
“Games like FarmVille are cow clickers. You click on a cow, and that’s all you do.
…As the debate over Zynga—and social games in general—became an industry obsession, Bogost was asked to speak at several conference panels and academic colloquiums. Before a seminar at New York University called Social Games on Trial, he decided that instead of creating the usual series of slides to accompany his talk, he would design a game that would illustrate what he saw as the worst abuses of social gaming in the clearest possible manner. That way, rather than just listening to his argument, people could play it.
…To some industry stalwarts, the gamification craze looks a lot like Cow Clicker—mindlessly deploying gaming’s most superficial and addictive features, such as leaderboards and badges, without providing the underlying experience that gives them meaning. Bogost himself made this argument at a gamification conference, during a talk called Gamification Is Bullshit, in which he suggested an alternate term, exploitationware. That, he said, represents the true mission of gamifiers: to use game mechanics to cynically ensnare their customers, much as Cow Clicker had unwittingly hooked its prey—including, as it turned out, Bogost himself.
Recomendo a utilização de algum plugin que limpe as páginas e as tornem agradáveis para a leitura, tipo o Clearly, Readability, Instapaper Text bookmarklet ou mesmo o Stylebot. Pois as sidebars e propagandas em sites de jornais andam cada vez pior…
sexta-feira, janeiro 06, 2012
Exemplo simples de JQuery acessando MongoDB através do Sleepy Mongoose
Para quem quer brincar com um MongoDB no localhost via web browser, aqui vai uma receitinha de como fiz para rodar a interface REST Sleepy Mongoose e acessar ela via JQuery usando o Apache do MAMP no MacOSX:
O primeiro passo é instalar o Mongo, o Sleepy Mongoose e o MAMP, caso ainda não tenha.
Se sua página só for fazer GET e ler dados do banco, isto é o suficiente. Apenas lembre-se de usar dataType: 'jsonp' nas ajax calls do jquery.
Mas se vc quiser brincar com POST via browser, não vai conseguir por problema de cross domain (página na porta 8888 tentando fazer post na porta 27080). Você receberia um erro do tipo:
Neste caso, uma saída é alterar a configuração do Apache (no MAMP o arquivo é /Applications/MAMP/conf/apache/httpd.conf ) para redirecionar certas requisições para esta porta usando o mod_proxy. Para redicionar o /api por exemplo seria a seguinte linha:
Fiz um demo bem simples de html acessando esta api com jquery para find e insert, coloquei no github. Espero que seja útil:
Exemplo de JQuery acessando MongoDB via Sleepy Mongoose no MAMP(Mac OSX)
O primeiro passo é instalar o Mongo, o Sleepy Mongoose e o MAMP, caso ainda não tenha.
Se sua página só for fazer GET e ler dados do banco, isto é o suficiente. Apenas lembre-se de usar dataType: 'jsonp' nas ajax calls do jquery.
Mas se vc quiser brincar com POST via browser, não vai conseguir por problema de cross domain (página na porta 8888 tentando fazer post na porta 27080). Você receberia um erro do tipo:
XMLHttpRequest cannot load http://localhost:27080/... . Origin http://localhost:8888 is not allowed by Access-Control-Allow-Origin.
Neste caso, uma saída é alterar a configuração do Apache (no MAMP o arquivo é /Applications/MAMP/conf/apache/httpd.conf ) para redirecionar certas requisições para esta porta usando o mod_proxy. Para redicionar o /api por exemplo seria a seguinte linha:
ProxyPass /api http://localhost:27080/
Fiz um demo bem simples de html acessando esta api com jquery para find e insert, coloquei no github. Espero que seja útil:
Exemplo de JQuery acessando MongoDB via Sleepy Mongoose no MAMP(Mac OSX)
terça-feira, janeiro 03, 2012
Vamos construir Canjos?
Hoje num papo com o Murilo via Skype, conversamos sobre a próxima viagem do ônibus hacker. Mais especificamente, sobre o que levar para incrementar a parte musical do bumba.
Na nossa primeira viagem ninguém sabia direito o que esperar, ninguém sabia se conseguiríamos chegar ao destino sem problemas mecânicos; se a cobertura 3G era boa entre São Paulo e Rio de Janeiro (não é); se teriamos que fazer muitas paradas(o onibus não possui banheiro); se sentiriamos calor(o ônibus não possui ar condicionado); se haveria clima e motivação para tocarmos novos hacks e projetos (relacionados ou não com transparência) antes, durante e depois do evento, se seriamos multados ou não, se o iogurte seria suficiente para todos…
Mas uma vez que o Mercedez pegou a estrada, o lounge improvisado do fundão, feito com a retirada de 4 pares de poltronas, se provou propício para uma roda de violão descompromissada, que durou boa parte da viagem. Fato que rendeu algumas boas piadas e comentários sobre o lado hippie dos computeiros depois do artigo da Mariel na Select.
Mesmo nos outros dias, já com o ônibus hacker estacionado na cidade maravilhosa, capital mundial da má vontade, este lado artístico do pessoal que vive na frente das telas continuou presente como vocês podem observar nos registros do ukelele melódico e as batidas eletrônicas do Duke, depois acompanhado pela batera do Murilo (apps Loopseque e Pocket Drums), o WD-40 Blues e os diversos punks paulistas que abordam temas como o desagradável IE6 e as idiosincrasias do Document Object Model além das releituras de clássicos da MPB como "olha a onda, olha a onda", "la vem o negão" e "chi-cle-te!".
Enfim, voltando a conversa de skype… o fato é que esta viagem deve ter influenciado nossas cartinhas para o papai noel, porque o Murilo obteve um mini-amp no natal e eu uma escaleta. Além disso para a próxima viagem haverá guitarra, chocalhos e meia lua…
Só que parte dos objetivos do ônibus é propagar a cultura DIY, da última vez teve stencil para a galera fazer em camisetas vendidas para arrecadar fundos para a gasolina, oficina de wordpress, git, e instalação de SO livre no netbook de curiosos. Portanto estamos cogitando não só levar nossos instrumentos de casa, como fazer novos instrumentos com os visitantes do busão também.
Lembra daquele começo do filme It Might Get Loud?
Pois é, existe uma série de canjos (can banjo, aka diddley bow), cigar box guitars, e maluquices do tipo que são relativamente baratos e faceis de fazer e que podem até soar bem nas mãos de alguém que possui a manha.
Fora que um dos passageiros da primeira viagem foi a "bolinho de chuva" (impressora 3D cupcake do Garoa Hacker Club) e se ela for de novo na proxima viagem, existe algumas coisas bacanas de se imprimir, como palhetas, capo trastes, corneta bigoduda e o já consagrado apito.
Se vocês tiverem mais sugestões de instrumentos e ideias bacanas para aprimorar nossa orquestra hacker deixem nos comentários :P
Gilberto Gil interrompendo nossa Jam. (foto: bruno fernandes) |
Mas uma vez que o Mercedez pegou a estrada, o lounge improvisado do fundão, feito com a retirada de 4 pares de poltronas, se provou propício para uma roda de violão descompromissada, que durou boa parte da viagem. Fato que rendeu algumas boas piadas e comentários sobre o lado hippie dos computeiros depois do artigo da Mariel na Select.
Mesmo nos outros dias, já com o ônibus hacker estacionado na cidade maravilhosa, capital mundial da má vontade, este lado artístico do pessoal que vive na frente das telas continuou presente como vocês podem observar nos registros do ukelele melódico e as batidas eletrônicas do Duke, depois acompanhado pela batera do Murilo (apps Loopseque e Pocket Drums), o WD-40 Blues e os diversos punks paulistas que abordam temas como o desagradável IE6 e as idiosincrasias do Document Object Model além das releituras de clássicos da MPB como "olha a onda, olha a onda", "la vem o negão" e "chi-cle-te!".
Enfim, voltando a conversa de skype… o fato é que esta viagem deve ter influenciado nossas cartinhas para o papai noel, porque o Murilo obteve um mini-amp no natal e eu uma escaleta. Além disso para a próxima viagem haverá guitarra, chocalhos e meia lua…
Só que parte dos objetivos do ônibus é propagar a cultura DIY, da última vez teve stencil para a galera fazer em camisetas vendidas para arrecadar fundos para a gasolina, oficina de wordpress, git, e instalação de SO livre no netbook de curiosos. Portanto estamos cogitando não só levar nossos instrumentos de casa, como fazer novos instrumentos com os visitantes do busão também.
Lembra daquele começo do filme It Might Get Loud?
Pois é, existe uma série de canjos (can banjo, aka diddley bow), cigar box guitars, e maluquices do tipo que são relativamente baratos e faceis de fazer e que podem até soar bem nas mãos de alguém que possui a manha.
Fora que um dos passageiros da primeira viagem foi a "bolinho de chuva" (impressora 3D cupcake do Garoa Hacker Club) e se ela for de novo na proxima viagem, existe algumas coisas bacanas de se imprimir, como palhetas, capo trastes, corneta bigoduda e o já consagrado apito.
Se vocês tiverem mais sugestões de instrumentos e ideias bacanas para aprimorar nossa orquestra hacker deixem nos comentários :P
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domingo, janeiro 01, 2012
Feliz 2012
Começo 2012 com uma resolução de começo de ano: voltar a escrever um blog.
Se alguém ainda assina este humilde sítio, mesmo após a cagada do Google de mutilar o Google Reader, desejem me sorte.
Tenho muita poeira e teia de aranha para retirar daqui, mas preciso resgatar este velho habito. Faz falta.
Happy New year!
quinta-feira, maio 19, 2011
Firefox4 aceitável parte I - Como remover o tab-scroll
Depois de um inicio conturbado, época em que tornei o Chromium meu navegador principal, venho aos poucos voltando a usar o Firefox 4, mais especificamente o Aurora, que é um intermediário entre o estável e o nightly. Sou dependente de Firebug... o que posso fazer?
Minha principal crítica com relação ao Firefox 4 é o fato das abas por padrão terem um limite de tamanho mínimo muito grande, o que acaba ativando o tab-scroll muito cedo, eu ODEIO TABSCROLL, acho uma solução de UI escrota, por mim não deveria existir. Gosto de como o Chromium lida com isso, as abas simplesmente vão diminuindo de tamanho indefinidamente, não existe este cancer do tab-scroll.
Até o Firefox anterior (veja este meu post de 2006), isto era algo simples de resolver, bastava abrir a tela de preferencias about:config e diminuir o valor da preferencia browser.tabs.tabMinWidth para um número bem pequeno, tipo 12 ou 1.
Mas um infeliz resolveu que a preferencia não era importante e removeu a opção de alterar isto via about:config.
Por sorte, o mesmo infeliz depois de toda a controvérsia no bug foi lá e disponibilizou um addon para setar este tamanho mínimo de novo.
Eis a solução (não ideal a meu ver) para o problema: instalar o addon Custom Tab Width e configurar o mínimo para 1, C'est la vie!
Mas o workaround não resolve o problema maior: toda esta dor de cabeça só é necessária porque o Firefox 4 vem com defaults ruins… custava ter um tamanho mínimo de aba menor? Pois é, vote neste bug, quem sabe isso muda no futuro :)
continua…
sábado, abril 16, 2011
Café no apartamento novo (tomada de decisões)
Esta é uma tentativa de documentar um pouco do meu processo de tomada de decisões e por tabela também um pouco da minha personalidade, quero levantar material para referências futuras.
Esta semana eu decidi que precisava tomar uma atitude quanto aos meus cafés da manhã. Gosto de tomar café em casa mas mudei de um apartamento com fogão para um sem fogão e consequentemente fiquei inabilitado de prosseguir com meu hábito de usar a chaleirinha de café — um presente da namorada que me atura ha 6 anos — para passar o café.
Tenho um microondas, filtro de papel e pó de café em casa. Além disso, tenho uma cafeteira elétrica que foi do nosso falecido espaço de coworking, mas depois que o pote de vidro dela quebrou há mais de um ano nunca mais foi usada.
Entendi que para o momento, a alternativa 4 (Repor o pote de vidro quebrado da cafeteira elétrica) era uma boa solução e consegui comprar uma peça de reposição apesar do grande esforço que este caminho demanda (o caminho de manter coisas existentes vivas e funcionando por um período além do que foram originalmente programadas).
Os fatores que me levaram a optar pelo ítem 4 e como estes fatores influenciam minha vida em todas as outras áreas é assunto longo e não tratarei disso agora.
O Problema:
Esta semana eu decidi que precisava tomar uma atitude quanto aos meus cafés da manhã. Gosto de tomar café em casa mas mudei de um apartamento com fogão para um sem fogão e consequentemente fiquei inabilitado de prosseguir com meu hábito de usar a chaleirinha de café — um presente da namorada que me atura ha 6 anos — para passar o café.
O material disponível:
Tenho um microondas, filtro de papel e pó de café em casa. Além disso, tenho uma cafeteira elétrica que foi do nosso falecido espaço de coworking, mas depois que o pote de vidro dela quebrou há mais de um ano nunca mais foi usada.
As Alternativas:
1. Comprar um fogão.
Prós:
- Fogão é um ítem de cozinha útil e eu precisarei de um em outras ocasiões no futuro independente do café de agora.
- Gás independe da rede de energia, se houver um apagão eu consigo esquentar coisas (assumindo que não falte fósforo ou isqueiro)
Contras:
- Ter que escolher um fogão. Fogão é uma compra rara, uma decisão que vai me acompanhar por anos, idealmente para o resto da vida. Tomar esta decisão com pressa e pensando apenas em resolver o problema imediato do café pode ser imprudência.
- Ter que comprar um botijão de gás para acompanhar este fogão (o prédio novo não tem gás encanado).
- Esperar a entrega do fogão.
2. Fazer o café com água fervida no microondas
Pró:
- Eu tenho todos os ítens necessários.
Contras
- É chato e inconveniente.
- Pode ser perigoso.
3. Usar a cafeteira utilizando outro recipiente no lugar do pote de vidro quebrado
Pró:
- Eu tenho todos os ítens necessários.
Contras:
- É feio.
- Ter que fazer uma gambiarra para manter o bico que goteja sempre aberto.
4. Repor o pote de vidro quebrado da cafeteira elétrica
Prós:
- É socialmente aceitavel fazer café na cafeteira.
- É prático/simples e mantém o café quente.
- Permite grandes quantidades de café, da para receber amigos em casa.
Contras:
- É difícil encontrar a peça de reposição no mercado.
- A peça de reposição, se encontrada é cara (preço comparável a de uma cafeteira nova)
- Café na cafeteira elétrica gasta muito pó (não sei fazer sair bom/forte sem desperdiçar)
5. Comprar uma cafeteira elétrica nova
Prós:
- Todos os do ítem 4.
- Se é que algum avanço tecnológico ainda é possível em algo tão simples quanto uma cafeteira elétrica, eu teria a chance de me beneficiar dele no caso de comprar uma cafeteira de nova geração.
- Mais barato que comprar uma peça de reposição (somando preço + meu tempo)
Contras:
- Parece um desperdício, já que a cafeteira antiga se tornará imediatamente sucata.
- Assim como o ítem 1, é uma decisão que me acompanhará por anos. Escolher/decidir um modelo cansa, gasta energia, estressa.
6. Parar de tomar café da manhã (e da tarde) em casa
Prós:
- Café da padaria é espresso
- O ambiente da padaria é diferente, sair de vez em quando (para alguém que trabalha em casa) é bom.
- A variedade de opcoes de comida na padaria beira o infinito.
Contras:
- A preguiça de sair de casa pode diminuir a frequencia com que tomo café da manhã
- É mais caro
- Ter que admitir que foi derrotado, ou que é um derrotado
7. Comprar uma máquina de café espresso
Prós:
- Espresso a hora que eu quiser!
Contras:
- ver 1 e 5, decisão bla bla bla…
- Assumir que eu perdi o foco e criei um problema novo (minha vida estava muito bem até agora sem espresso a hora que eu quiser) ao invés de resolver o problema original.
A solução (TL-DR):
Entendi que para o momento, a alternativa 4 (Repor o pote de vidro quebrado da cafeteira elétrica) era uma boa solução e consegui comprar uma peça de reposição apesar do grande esforço que este caminho demanda (o caminho de manter coisas existentes vivas e funcionando por um período além do que foram originalmente programadas).
Os fatores que me levaram a optar pelo ítem 4 e como estes fatores influenciam minha vida em todas as outras áreas é assunto longo e não tratarei disso agora.
segunda-feira, março 14, 2011
O fantasma do ônibus
Eu não sei se fui sempre antissocial em viagens de ônibus, talvez não. Mas desde pelo menos uns 13 anos para cá a tecnologia vem me ajudando a tornar o ambiente de dentro do coletivo mais agradável, mais suportável.
Quando entrei na faculdade as viagens de uma hora e meia entre São Carlos e Ribeirão Preto eram parte da minha vida estudantil, nunca tive dificuldade de dormir durante o percurso e não me recordo das conversas alheias e crianças barulhentas me afetarem tanto, eu era mais tolerante.
Mesmo assim, eu carregava comigo um walkman ruim da sony, comprado na lojinha de muambas ao lado do bandeijão onde eu almoçava (eu também era mais tolerante no que diz respeito a comida ruim) eu tinha fitas com musicas que gravei de CDs alugados ou emprestados. A música naquela época era mais uma distração apenas.
Depois da fita veio o discman, e depois do discman o discman de mp3. Como consumiam pilha! Era um par de alcalinas por viagem…
Com meu primeiro iPod, um tijolinho branco com HD e rodinha de plástico, destes que vc consegue machucar uma pessoa se usar como arma (1a geraçao) a coisa mudou, eu agora conseguia horas de bateria e tinha uma coleção de músicas sem fim. Fiz viagens longas e (acho que) aprimorei meu gosto, a música deixou de ser uma distração apenas, passou a ser uma fuga, um remédio, uma necessidade. Eu agora usava o volume alto do fone branco para encobrir os papos e besteiras que rolavam no ambiente, me tornei mais elitista. Muito tempo depois, já nos EUA, aposentei o brancão velho e cansado por um touch (tb 1a geração) que é até hoje meu aparelho de música portátil.
Pois bem, longa e inútil introdução para o ponto onde eu queria chegar, a observação que dá título a este post.
O meu comportamento hoje em dia dentro de um ônibus ou de um avião, a minha postura e modelo de encarar a viagem é totalmente isolacionista. Eu tenho um abafador de ruídos destes de operário de fábrica e uma tablet com livros e artigos que salvei para ler offline, tenho um laptop com 3g para se eu eventualmente precisar trabalhar e claro, um walkman para colocar sob o abafador de ruidos caso uma camada de proteção não seja suficiente.
Eu sou um menino da bolha sem bolha, sou um autista por opção, eu sei que dificilmente as pessoas ao meu redor naquele ambiente serão mais interessantes do que o que quer que eu tenha selecionado para absorver de informação durante a viagem. Para todos os efeitos, eu não estou dentro do mesmo ônibus, sou um fantasma. O fantasma do ônibus, a poltrona vaga que ninguém senta, se direcionar ao corpo que ocupa aquele lugar para uma conversa não é apenas inútil, é intimidador, vc estará mechendo com a assombração, interrompendo o transe da múmia, maldição cairás sobre ti, se o indivíduo fez questão de botar um grande par de conchas laranjas no ouvido é pq ele quer privacidade, ele decidiu dar opt-out na realidade local por algum tempo, é melhor ignorar.
É claro que eu não sou o único, tocadores de mp3 são ubiquos, o sudoku, a paciência e o facebook estão nos celulares para as pessoas jogarem durante a viagem, um possível cenário é o padrão “fantasma de onibus” se popularizar ao ponto de tornar o ônibus todo fantasma. Matrix.
Eu não acharia ruim, pelo contrário :)
Ha 15 anos os tempos eram outros, as pessoas eram quase que obrigadas a serem cordiais dentro de um ônibus ou avião, conversar com o passageiro da poltrona ao lado era o que você podia fazer para o tempo passar. Fingir que dorme ou abrir um livro eram alternativas, sim, mas todos estavam abertos para interação até que se provasse o contrário. A recomendação: “não fale com estranhos” podia ser quebrada pois era senso comum que todos ali estavam igualmente entediados. Evoluímos.
Viajar numa estrada brasileira com brasileiros ao seu redor hoje nao significa que vc precise estar necessariamente no Brasil, você não precisa se render ao funk carioca e ao brasil perifa-moleque de Regina Cazé, você não precisa saber quem matou Odethe Roitman ou o último eliminado do BBB, críquete pode ser seu esporte favorito, você tem escolha!!!
Quando entrei na faculdade as viagens de uma hora e meia entre São Carlos e Ribeirão Preto eram parte da minha vida estudantil, nunca tive dificuldade de dormir durante o percurso e não me recordo das conversas alheias e crianças barulhentas me afetarem tanto, eu era mais tolerante.
Mesmo assim, eu carregava comigo um walkman ruim da sony, comprado na lojinha de muambas ao lado do bandeijão onde eu almoçava (eu também era mais tolerante no que diz respeito a comida ruim) eu tinha fitas com musicas que gravei de CDs alugados ou emprestados. A música naquela época era mais uma distração apenas.
Depois da fita veio o discman, e depois do discman o discman de mp3. Como consumiam pilha! Era um par de alcalinas por viagem…
Com meu primeiro iPod, um tijolinho branco com HD e rodinha de plástico, destes que vc consegue machucar uma pessoa se usar como arma (1a geraçao) a coisa mudou, eu agora conseguia horas de bateria e tinha uma coleção de músicas sem fim. Fiz viagens longas e (acho que) aprimorei meu gosto, a música deixou de ser uma distração apenas, passou a ser uma fuga, um remédio, uma necessidade. Eu agora usava o volume alto do fone branco para encobrir os papos e besteiras que rolavam no ambiente, me tornei mais elitista. Muito tempo depois, já nos EUA, aposentei o brancão velho e cansado por um touch (tb 1a geração) que é até hoje meu aparelho de música portátil.
Pois bem, longa e inútil introdução para o ponto onde eu queria chegar, a observação que dá título a este post.
O meu comportamento hoje em dia dentro de um ônibus ou de um avião, a minha postura e modelo de encarar a viagem é totalmente isolacionista. Eu tenho um abafador de ruídos destes de operário de fábrica e uma tablet com livros e artigos que salvei para ler offline, tenho um laptop com 3g para se eu eventualmente precisar trabalhar e claro, um walkman para colocar sob o abafador de ruidos caso uma camada de proteção não seja suficiente.
Eu sou um menino da bolha sem bolha, sou um autista por opção, eu sei que dificilmente as pessoas ao meu redor naquele ambiente serão mais interessantes do que o que quer que eu tenha selecionado para absorver de informação durante a viagem. Para todos os efeitos, eu não estou dentro do mesmo ônibus, sou um fantasma. O fantasma do ônibus, a poltrona vaga que ninguém senta, se direcionar ao corpo que ocupa aquele lugar para uma conversa não é apenas inútil, é intimidador, vc estará mechendo com a assombração, interrompendo o transe da múmia, maldição cairás sobre ti, se o indivíduo fez questão de botar um grande par de conchas laranjas no ouvido é pq ele quer privacidade, ele decidiu dar opt-out na realidade local por algum tempo, é melhor ignorar.
É claro que eu não sou o único, tocadores de mp3 são ubiquos, o sudoku, a paciência e o facebook estão nos celulares para as pessoas jogarem durante a viagem, um possível cenário é o padrão “fantasma de onibus” se popularizar ao ponto de tornar o ônibus todo fantasma. Matrix.
Eu não acharia ruim, pelo contrário :)
Ha 15 anos os tempos eram outros, as pessoas eram quase que obrigadas a serem cordiais dentro de um ônibus ou avião, conversar com o passageiro da poltrona ao lado era o que você podia fazer para o tempo passar. Fingir que dorme ou abrir um livro eram alternativas, sim, mas todos estavam abertos para interação até que se provasse o contrário. A recomendação: “não fale com estranhos” podia ser quebrada pois era senso comum que todos ali estavam igualmente entediados. Evoluímos.
Viajar numa estrada brasileira com brasileiros ao seu redor hoje nao significa que vc precise estar necessariamente no Brasil, você não precisa se render ao funk carioca e ao brasil perifa-moleque de Regina Cazé, você não precisa saber quem matou Odethe Roitman ou o último eliminado do BBB, críquete pode ser seu esporte favorito, você tem escolha!!!
quinta-feira, setembro 02, 2010
Interfaces Divisíveis (Umeboshi Server, Node Knockout parte 3 - final)
Eis uma apresentação do conceito guia do nosso projeto:
Se preferir em Português:
Demoramos um pouco p/ amadurecer o conceito, e ja adianto que ele não está 100% ainda, mas esta é a idéia básica, que consiste em:
Para tornar isto possível, o primeiro passo foi fazer um servidor que criasse um novo canal pubsub para quem quer que precisasse de um. Em uma analogia com seres humanos, seria um instanciador de salas de chat, ou um carinha que reserva salas de reunião p/ quem pede. Este é o Umeboshi Server.
Então a sequência ou ciclo de vida de um aplicativo que quer que seus elementos conversem remotamente seria algo do tipo:
Como se nota, o servidor em si, que foi nosso projeto, não faz muita coisa. Só dá o suporte para que aplicações do tipo das que visionamos, com interfaces quebráveis/divisíveis/espalháveis possam ser rapidamente e facilmente desenvolvidas por quem está habituado a fazer aplicativos single-page em HTML. Basta a inclusão de duas <script> tags extras, uma que é o include do client Faye e outra que é a chamada ao entrypoint JSONp que te retornará o código do canal em uma callback. A partir daí é tudo responsabilidade do developer.
E é isso aí, foi um projeto que gostei de participar, e que quero continuar trabalhando nele, estamos atualmente continuando a conversa na lista de discussões do umeboshi fireteam e desde já convido a todos que se interessarem a participar também, sugestões e patches são muito bem vindos.
[UPDATE 3-Setembro-2010] A votação acabou. Muito obrigado a todos que doaram parte do seu tempo para votar e deixar um review la na página da competição. Ao que parece, conseguimos ficar entre os top 5 na categoria inovação (4º lugar). E nos próximos dias atualizaremos a página do projeto e o código do servidor uma vez que os repositórios e a máquina onde fazemos deploy estão liberadas novamente.
Para acompanhar o progresso, por favor se inscreva na lista de discussão do Umeboshi Fireteam, estamos coordenando os próximos passos por lá.
Se preferir em Português:
Demoramos um pouco p/ amadurecer o conceito, e ja adianto que ele não está 100% ainda, mas esta é a idéia básica, que consiste em:
- Elementos de interface possuem URLs
- Ao se acessar estas URLs, o elemento é então transferido ou replicado na tela de quem acessou.
- Listeners e dispatchers de eventos são configurados de maneira semelhante à que seriam para ouvir e enviar eventos dentro do contexto de uma página web, mas extendido para ouvir e enviar(pubsub) via rede pelo canal previamente combinado.
Para tornar isto possível, o primeiro passo foi fazer um servidor que criasse um novo canal pubsub para quem quer que precisasse de um. Em uma analogia com seres humanos, seria um instanciador de salas de chat, ou um carinha que reserva salas de reunião p/ quem pede. Este é o Umeboshi Server.
Então a sequência ou ciclo de vida de um aplicativo que quer que seus elementos conversem remotamente seria algo do tipo:
- pede para reservar um canal (acessa o entrypoint /channels/new ou /channels/new?fmt=json p/ resultado em json ou /channels/new?fmt=json&callback=foo para jsonp)
- passa de alguma forma este canal para as paginas relativas a cada elemento(que vao ser servidas em cada URL de um elemento destacável)
- prepara a lógica do que ouvir e do que falar e do que fazer quando ouvir algo relevante
Como se nota, o servidor em si, que foi nosso projeto, não faz muita coisa. Só dá o suporte para que aplicações do tipo das que visionamos, com interfaces quebráveis/divisíveis/espalháveis possam ser rapidamente e facilmente desenvolvidas por quem está habituado a fazer aplicativos single-page em HTML. Basta a inclusão de duas <script> tags extras, uma que é o include do client Faye e outra que é a chamada ao entrypoint JSONp que te retornará o código do canal em uma callback. A partir daí é tudo responsabilidade do developer.
E é isso aí, foi um projeto que gostei de participar, e que quero continuar trabalhando nele, estamos atualmente continuando a conversa na lista de discussões do umeboshi fireteam e desde já convido a todos que se interessarem a participar também, sugestões e patches são muito bem vindos.
[UPDATE 3-Setembro-2010] A votação acabou. Muito obrigado a todos que doaram parte do seu tempo para votar e deixar um review la na página da competição. Ao que parece, conseguimos ficar entre os top 5 na categoria inovação (4º lugar). E nos próximos dias atualizaremos a página do projeto e o código do servidor uma vez que os repositórios e a máquina onde fazemos deploy estão liberadas novamente.
Para acompanhar o progresso, por favor se inscreva na lista de discussão do Umeboshi Fireteam, estamos coordenando os próximos passos por lá.
quarta-feira, setembro 01, 2010
Node Knockout (Parte 2)
Pois bem, quando eu li que haveria uma espécie de hackday/hackaton para desenvover projetos com o node em 48 horas, me empolguei e mandei um email p/ um monte de gente perguntando quem se animava para formar uma equipe, depois de duas confirmações anunciei no meu twitter e consegui completar 4 pessoas. Só gente boa, um designer de mão cheia e mais dois programadores um aluno e um ex-aluno do ICMC.
O Daniel e o Mauricio viriam de São Paulo, e o Armando tinha aula até tarde na sexta, então começariamos mesmo p/ valer só no Sábado (a largada foi Sexta as 21 e o fim no Domingo as 21). Não tinhamos muito bem definido o que seria o projeto, durante a semana estavamos fazendo uns brainstorms num notepad compartilhado, mas só especulando o que daria p/ fazer, que explorasse as coisas boas do nodejs (aguentar muitas conexoes simultaneas, ter libraries de websockets, nosql databases e varias outras "mudernidades").
Então sexta eu comecei com testes do Socket.io, para ver se instalava legal no VPS da Joyent que deram p/ nossa equipe e tentar fazer um chat simples rodar, porque qualquer das ideias que estávamos ainda cogitando iria precisar deste passo inicial de fazer clients diferentes trocarem mensagem. A noite meu irmao chegou, discutimos um pouco e rabiscamos muito o flipchart aqui de casa(preciso tirar fotos e subir pro flickr) para ir amadurecendo tanto o conceito quanto ir limando coisas que pareciam ser inviáveis p/ um período tão curto de tempo, jantamos fora e depois encontramos com o Armando em um café para sincronizarmos o que tinhamos discutido até então.
No sábado chegou o Daniel, e a coisa séria começou de verdade (ele programa melhor que eu), sentamos no mesmo computador e ficamos quase o dia todo pair-programming na minha máquina, quebrando a cabeça para fazer nossos servidores de sockets se comportarem como queriamos. Enquanto isso meu irmão criava no 3D elementos de UI com visual incrível (dê só uma olhada!) que poderiam ser utilizados nas demos, e o Armando ia tentando se entender com a API de eventos multitouch do Mobile Safari, pois sabiamos que queriamos mostrar algo no iPod e no iPad, feito em HTML. Um trabalho de equipe muito empolgante apesar de cansativo.
Muito café e muita sinergia num apartamento quente e cheio de poluição sonora vindo da rua (carros de som de políticos com músicas repetitivas, alarme de lojas disparando, enfim…).
Ao fim do sábado parecia que não iriamos dar conta do desafio que impusemos a nós mesmos, e mesmo o conceito e definição do que fariamos ainda estava confuso. E todos poderiam usar algumas horas de sono. Demos o dia por encerrado.
Domingo de manhã o dia começou bem melhor do que o Sábado terminou: o Daniel resolveu trocar a abordagem e abandonamos o Socket.io em favor do Faye, o que foi a sacada para o tipo de objetivo que estávamos tentando alcançar (Mobile Safari não tem suporte a websockets), além disso finalmente chegamos a um consenso sobre o que seria e como vender o projeto, agora era só correr para colocar tudo no lugar. E como corremos… a reta final foi alucinante.
Entregamos no prazo, o que foi inacreditável, e até que não ficou tão ridículo, pelo contrário eu me orgulhei bastante… mas falo do projeto e do resultado em si no próximo post.
Enquanto isso, leia somente a sequência de commit messages do nosso repositório, do começo para o fim como se fossem status updates do twitter… da para ter um pouco de noção da loucura que foi nosso fim de semana :)
[Update] Confiram as partes 1 e 3 deste post.
O Daniel e o Mauricio viriam de São Paulo, e o Armando tinha aula até tarde na sexta, então começariamos mesmo p/ valer só no Sábado (a largada foi Sexta as 21 e o fim no Domingo as 21). Não tinhamos muito bem definido o que seria o projeto, durante a semana estavamos fazendo uns brainstorms num notepad compartilhado, mas só especulando o que daria p/ fazer, que explorasse as coisas boas do nodejs (aguentar muitas conexoes simultaneas, ter libraries de websockets, nosql databases e varias outras "mudernidades").
Então sexta eu comecei com testes do Socket.io, para ver se instalava legal no VPS da Joyent que deram p/ nossa equipe e tentar fazer um chat simples rodar, porque qualquer das ideias que estávamos ainda cogitando iria precisar deste passo inicial de fazer clients diferentes trocarem mensagem. A noite meu irmao chegou, discutimos um pouco e rabiscamos muito o flipchart aqui de casa(preciso tirar fotos e subir pro flickr) para ir amadurecendo tanto o conceito quanto ir limando coisas que pareciam ser inviáveis p/ um período tão curto de tempo, jantamos fora e depois encontramos com o Armando em um café para sincronizarmos o que tinhamos discutido até então.
No sábado chegou o Daniel, e a coisa séria começou de verdade (ele programa melhor que eu), sentamos no mesmo computador e ficamos quase o dia todo pair-programming na minha máquina, quebrando a cabeça para fazer nossos servidores de sockets se comportarem como queriamos. Enquanto isso meu irmão criava no 3D elementos de UI com visual incrível (dê só uma olhada!) que poderiam ser utilizados nas demos, e o Armando ia tentando se entender com a API de eventos multitouch do Mobile Safari, pois sabiamos que queriamos mostrar algo no iPod e no iPad, feito em HTML. Um trabalho de equipe muito empolgante apesar de cansativo.
Muito café e muita sinergia num apartamento quente e cheio de poluição sonora vindo da rua (carros de som de políticos com músicas repetitivas, alarme de lojas disparando, enfim…).
Ao fim do sábado parecia que não iriamos dar conta do desafio que impusemos a nós mesmos, e mesmo o conceito e definição do que fariamos ainda estava confuso. E todos poderiam usar algumas horas de sono. Demos o dia por encerrado.
Domingo de manhã o dia começou bem melhor do que o Sábado terminou: o Daniel resolveu trocar a abordagem e abandonamos o Socket.io em favor do Faye, o que foi a sacada para o tipo de objetivo que estávamos tentando alcançar (Mobile Safari não tem suporte a websockets), além disso finalmente chegamos a um consenso sobre o que seria e como vender o projeto, agora era só correr para colocar tudo no lugar. E como corremos… a reta final foi alucinante.
Entregamos no prazo, o que foi inacreditável, e até que não ficou tão ridículo, pelo contrário eu me orgulhei bastante… mas falo do projeto e do resultado em si no próximo post.
Enquanto isso, leia somente a sequência de commit messages do nosso repositório, do começo para o fim como se fossem status updates do twitter… da para ter um pouco de noção da loucura que foi nosso fim de semana :)
[Update] Confiram as partes 1 e 3 deste post.
terça-feira, agosto 31, 2010
Node Knockout (Parte 1): Node.js
Participei este fim de semana com meu irmão e mais dois amigos da competição Node.js Knockout, uma maratona onde cada equipe teve 48 horas para programar/desenvolver um produto que utilizasse o Node.js.
(pretendo escrever mais sobre o projeto que enviamos nos posts seguintes, mas se vc está curioso assista a estes dois videos: demo1, demo2)
Eu deveria ter tirado a poeira deste blog para escrever sobre o Node.js antes…
Bom, o Node em poucas palavras é um interpretador de Javascript(engine V8, a mesma do Chrome) com alguns poderes especiais tipo acesso ao filesystem, processos, stack de rede e chamadas do sistema, etc… E o Node chuta bundas!
É sério!! Node.js é do caralho e se você ainda não brincou com ele, ou quer brincar mas está adiando o aprendizado por qualquer que seja o motivo, pare tudo e instale agora o node na sua máquina. Você pode me agradecer depois…
Mas você não precisa acreditar na minha palavra, se tiver com tempo eu recomendo assistir a tech talk do criador do projeto, e tirar suas próprias conclusões.
Enfim, eu comecei a brincar com o node há pouco tempo, e fazendo coisas bem simples, tipo esta ferramenta de linha de comando para consultar os Trending Topics do Twitter sem ter que sair do meu Terminal…
E o legal de começar a brincar com uma tecnologia que tem potencial enquanto ela ainda está no início (versão 0.2.0 e com trunk bem ativa) é que todos estão empolgados e todo mundo tem uma opinião de como implementar este ou aquele módulo, o que de certa forma trás renovação e competição para a mesa… dê só uma olhada nesta lista de libraries, tem de tudo e para todos os gostos!
Não só tem de tudo e para todos os gostos com tem n opcões de módulos diferentes para escolher qualquer que seja a funcionalidade que vc precise:
— Quer mysql? Toma, escolhe entre estas seis aqui.
— Precisa servir websockets? Ok, uma destas 4 aqui deve servir.
— Ah, mas eu queria um parser p/ opções da linha de comando bem simples…
— Sem problemas, veja se algum destes serve…
— Não gostou de nenhum? Faça um novo! Afinal, é tudo Javascript mesmo, e você já programa isso o dia inteiro para websites, oras…
[Update] Ok, eu exagerei na frase acima, não é tudo Javascript, vc pode desenvolver módulos nativos compilados em C ou C++ também :) (Veja a parte de Addons na página da API, ou este tutorial)
[Update 2] Confira as partes 2 e 3 deste post.
(pretendo escrever mais sobre o projeto que enviamos nos posts seguintes, mas se vc está curioso assista a estes dois videos: demo1, demo2)
Node o quê?
Eu deveria ter tirado a poeira deste blog para escrever sobre o Node.js antes…
Bom, o Node em poucas palavras é um interpretador de Javascript(engine V8, a mesma do Chrome) com alguns poderes especiais tipo acesso ao filesystem, processos, stack de rede e chamadas do sistema, etc… E o Node chuta bundas!
É sério!! Node.js é do caralho e se você ainda não brincou com ele, ou quer brincar mas está adiando o aprendizado por qualquer que seja o motivo, pare tudo e instale agora o node na sua máquina. Você pode me agradecer depois…
Mas você não precisa acreditar na minha palavra, se tiver com tempo eu recomendo assistir a tech talk do criador do projeto, e tirar suas próprias conclusões.
Enfim, eu comecei a brincar com o node há pouco tempo, e fazendo coisas bem simples, tipo esta ferramenta de linha de comando para consultar os Trending Topics do Twitter sem ter que sair do meu Terminal…
E o legal de começar a brincar com uma tecnologia que tem potencial enquanto ela ainda está no início (versão 0.2.0 e com trunk bem ativa) é que todos estão empolgados e todo mundo tem uma opinião de como implementar este ou aquele módulo, o que de certa forma trás renovação e competição para a mesa… dê só uma olhada nesta lista de libraries, tem de tudo e para todos os gostos!
Não só tem de tudo e para todos os gostos com tem n opcões de módulos diferentes para escolher qualquer que seja a funcionalidade que vc precise:
— Quer mysql? Toma, escolhe entre estas seis aqui.
— Precisa servir websockets? Ok, uma destas 4 aqui deve servir.
— Ah, mas eu queria um parser p/ opções da linha de comando bem simples…
— Sem problemas, veja se algum destes serve…
— Não gostou de nenhum? Faça um novo! Afinal, é tudo Javascript mesmo, e você já programa isso o dia inteiro para websites, oras…
[Update] Ok, eu exagerei na frase acima, não é tudo Javascript, vc pode desenvolver módulos nativos compilados em C ou C++ também :) (Veja a parte de Addons na página da API, ou este tutorial)
[Update 2] Confira as partes 2 e 3 deste post.
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quinta-feira, abril 29, 2010
Drumbeat São Carlos
Amanhã, sexta-feira 30 de Abril, a partir das 19 horas acontece o primeiro encontro Drumbeat de São Carlos.
Drumbeat é uma iniciativa da Mozilla foundation para fomentar projetos relacionados ao conceito de "open web". Existe um website para exposição destes projetos e reuniões presencias de grupos locais são organizadas pelo mundo.
O website funciona como uma espécie de ponto de encontro/vitrine/incubadora virtual para ajudar reunir pessoas de interesses comuns em torno de iniciativas que tenham alinhamento com a mentalidade open. E os encontros locais funcionam como mini-barcamps com a intenção de reunir pessoas de diversas áreas (não apenas tecnologia) para trocar experiencias, divulgar projetos e também unir esforços para propor e realizar novas idéias que ajudem a manter a web aberta.
Acho que o conceito está melhor explicado aqui no website do movimento.
O encontro vai acontecer no espaço de coworking CWSC, leia mais sobre o evento na página do wiki do Mozilla com a carta convite.
Aguardo vocês de São Carlos, Araraquara e região!
Mas o que raios é um "drumbeat"?
Drumbeat é uma iniciativa da Mozilla foundation para fomentar projetos relacionados ao conceito de "open web". Existe um website para exposição destes projetos e reuniões presencias de grupos locais são organizadas pelo mundo.
O website funciona como uma espécie de ponto de encontro/vitrine/incubadora virtual para ajudar reunir pessoas de interesses comuns em torno de iniciativas que tenham alinhamento com a mentalidade open. E os encontros locais funcionam como mini-barcamps com a intenção de reunir pessoas de diversas áreas (não apenas tecnologia) para trocar experiencias, divulgar projetos e também unir esforços para propor e realizar novas idéias que ajudem a manter a web aberta.
Acho que o conceito está melhor explicado aqui no website do movimento.
Sobre o Drumbeat São Carlos
O encontro vai acontecer no espaço de coworking CWSC, leia mais sobre o evento na página do wiki do Mozilla com a carta convite.
Aguardo vocês de São Carlos, Araraquara e região!
quinta-feira, março 18, 2010
Precisamos de um Youtube.gov? (parte II)
Ok, fim do primeiro dia, tudo ficou mais claro.
Eu de fato cai de pára-quedas no evento do post anterior. Procurei entender melhor o porque da reunião, o que é que o Ministério da Cultura está propondo e em que pé a coisa está.
Em poucas palavras, do que eu entendi é basicamente isto:
1- O Ministério tem um projeto de digitalização do acervo da cinemateca nacional já em andamento, e quer aproveitar o embalo para disponibilizar estes conteúdos para quem quiser ou precisar.
2- Isto justificou o repasse de uma verba x (ouvi 10 milhões) para se criar um "sistema de gerenciamento de acervos". Um "kaltura melhorado" nas palavras do Pedro (que pacientemente tentou me explicar a motivação).
3- Já que o desenvolvimento de tal sistema pretende ser levado adiante, quis-se reunir nestes 3 dias pessoas ligadas a n instituições públicas que poderiam eventualmente se aproveitar de um gerenciador de acervos, para listar as necessidades atuais e outros requisitos.
Eu, como disse anteriormente, fui convidado quase que "por engano", já que não compartilho da visão sobre o que muitos ali entendem por "interesse público". Dizer que eu estava fora da minha zona de conforto ali seria um resumo insuficiente, eu estava é num episódio de Twilight Zone, overdose de bizarrices. Foi muito para mim.
Não vou dizer que não aproveitei nada porque seria mentira, aproveitei muito na verdade, as conversas do almoço, dos coffee breaks e todos os bate-papos do lado de fora das salas de reuniões foram proveitosos. Mas não contribui (e nem pretendo) com as reuniões, discussões sobre o sexo dos anjos, grupos de trabalho e demais atividades, não é minha praia, prefiro ficar de fora.
Eu de fato cai de pára-quedas no evento do post anterior. Procurei entender melhor o porque da reunião, o que é que o Ministério da Cultura está propondo e em que pé a coisa está.
Em poucas palavras, do que eu entendi é basicamente isto:
1- O Ministério tem um projeto de digitalização do acervo da cinemateca nacional já em andamento, e quer aproveitar o embalo para disponibilizar estes conteúdos para quem quiser ou precisar.
2- Isto justificou o repasse de uma verba x (ouvi 10 milhões) para se criar um "sistema de gerenciamento de acervos". Um "kaltura melhorado" nas palavras do Pedro (que pacientemente tentou me explicar a motivação).
3- Já que o desenvolvimento de tal sistema pretende ser levado adiante, quis-se reunir nestes 3 dias pessoas ligadas a n instituições públicas que poderiam eventualmente se aproveitar de um gerenciador de acervos, para listar as necessidades atuais e outros requisitos.
Eu, como disse anteriormente, fui convidado quase que "por engano", já que não compartilho da visão sobre o que muitos ali entendem por "interesse público". Dizer que eu estava fora da minha zona de conforto ali seria um resumo insuficiente, eu estava é num episódio de Twilight Zone, overdose de bizarrices. Foi muito para mim.
Não vou dizer que não aproveitei nada porque seria mentira, aproveitei muito na verdade, as conversas do almoço, dos coffee breaks e todos os bate-papos do lado de fora das salas de reuniões foram proveitosos. Mas não contribui (e nem pretendo) com as reuniões, discussões sobre o sexo dos anjos, grupos de trabalho e demais atividades, não é minha praia, prefiro ficar de fora.
quarta-feira, março 17, 2010
Precisamos de um Youtube.gov?
DISCLAIMER: post longo e que foge um pouco das minhas próprias regras editoriais, leia por sua conta e risco.
Embarco agora de manhã para o Rio de Janeiro. O objetivo inicial da viagem seria apenas participar de um encontro de Open Video que acontecerá Sexta-Feira na FGV organizado pela OVA.
Clip #1410 by Ace on Public Videos
Estou indo dois dias antes no entanto pois aproveitaram o evento (e a presença de gringos na cidade) para organizar outros dois encontros mais ou menos relacionados. O Drumbeat (uma espécie de Barcamp promovido pela Mozilla da qual eu posso falar em outro post) na Quinta-feira e um terceiro evento que acontecerá hoje e amanhã, que é o mais preocupante e o assunto principal deste post.
Dialogando com o Governo
“The most terrifying words in the English language are: I'm from the government and I'm here to help.”- Ronald Reagan
Ha uns 10 dias atrás, o Pixel me mandou um email perguntando se eu estaria no Rio esta semana e se eu poderia participar de uma reunião com membros do Ministério da Cultura, RNP e OVA. Respondi que estaria quinta e sexta a princípio, mas que não me importava em chegar um dia antes para bater papo.
Acredito que quem me convidou sabe minha posição com relação ao Estado (meu inimigo) e minha posição com relação a este governo em específico(eu gostaria de ver Lula sendo julgado pelos crimes que lhe são atribuidos). E se mesmo assim me convidaram, deve ser porque sabem também que eu aprecio discutir ideias, independente de com quem seja.
Na minha cabeça vale a pena perder meu tempo e participar de um encontro com outros produtores de conteúdo aberto a convite de membros de uma burocracia que eu repudio e de um ministério que eu acho que não deveria existir, mesmo correndo o risco de estar emprestando algum nome ou prestigio (que eu nao tenho) para uma causa que não é a minha.
Sou da opinião de que é melhor eu ir, participar e deixar clara minhas posições, do que não ir e ter que ler depois em algum blog por ai que “diversos setores da sociedade foram consultados”.
O Convite
“The urge to save humanity is almost always only a false-face for the urge to rule it.”— H. L. Mencken
Muito bem, abaixo está o convite que recebi por email e por onde eu soube qual seria o tema da “reunião de trabalho” (whatever that means), tomo a liberdade de reproduzi-lo aqui sem autorização:
Caro(a), Fabrício Zuardi
O Ministério da Cultura tem a honra de convidá-lo(a) para participar da reunião de trabalho para a elaboração de uma proposta para o desenvolvimento da "Plataforma Aberta de Conteúdos Digitais", uma plataforma online de áudio e vídeo, pública e livre, baseada em padrões abertos.
O encontro acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de março, no Rio de Janeiro e é organizado em parceria com a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), e OVA (Open Vídeo Alliance). O local e horário da reunião serão confirmados em breve.
Aguardamos sua confirmação o mais breve possível.
Atenciosamente,
Coordenação de Cultura Digital
Cofesso que a dúvida sobre se Fabricio Zuardi é homem ou mulher não me incomoda, afinal é preciso pensar na pluraridade, no começo deste blog pessoas chegavam pelo Google buscando por "fabricio traveco" entre outras, a turma é consciente e nao quer correr o risco de gafes ao convidar transgeneros, gays, lésbicas e travestis (eu sempre me pergunto o pq retiraram os simpatizantes la da sigla quando mudaram de GLS p/ GLBTTT)… enfim. O que eu achei curioso foi a finalidade da reuniao, pois para mim, uma plataforma muito parecida como esta que querem elaborar uma proposta de desenvolvimento já existe.
Chama-se Internet.
Sério:
- Aberta - check!
- de Conteúdos digitais -check!
- online - check!
- suporta audio e vídeo - check!
- pública (dependendo do sentido) - check!
- livre (por enquanto) - check!
- baseada em padrões abertos - check!
Desenvolvimento de sistemas
If any idea can survive a bureaucratic review and be implemented, it wasn't worth doing.- Mollison's Bureaucracy Hypothesis
Sem maiores informações além do que estava no convite, eu seria capaz de apostar que o governo está querendo na verdade é criar mais um site. Pois quando eu vejo anunciarem uma “plataforma” disso ou daquilo por ai, normalmente é como justificativa para contratar alguma agenciazinha “ishxpeirrta” por alguns milhõeszinhos para fazer(como o nariz deles) um “portal” de qualquer coisa, e que depois exige mais contratos para manutenção da bomba em questão (chaching!).
Palavrinha do cão esta também hein… plataforma. Tudo hoje em dia é plataforma, vou te contar… "online video platform", é o que? Youtube? Wikimedia? Hulu? Bittorrent? Blip? Internet Archive? Wordpress? iTunes Store?
Pois bem, ontem, véspera da reunião, recebi um email com um esqueleto da agenda, ao que parece o plano é que os participantes façam um brainstorm sobre as “plataformas”(whatever that means) existentes, suas funcionalidades, para levantar novas ideias, soluções e etc. Até ai nada demais, é saudável colocar um monte de gente que ja trabalha na área para trocar ideias em torno de um tema. Thumbs up!
O problema é que(a julgar pela agenda enviada): existe a intenção (como eu temia) de usar o encontro para chegar em uma especificação de um sistema a ser desenvolvido. Ai já não né moçadinha! Calma lá, não coloquemos os carros na frente dos bois…
Assim fica parecendo que a necessidade da construção de tal plataforma é um fato irrefutável, que já foi amplamente discutido, que é uma demanda do mercado e que é uma boa idéia meter o poder público no meio. Quando na verdade não.
Fora de brincadeira, a programação do evento contém tópicos do tipo: "Definir a Arquitetura do sistema da plataforma", "Definir o modelo de metadados da plataforma", "Projeto de interface", "Elaboração de um roteiro para o desenvolvimento", "Definição dos recursos necessário".
Como diria o poeta: “cada um no seu quadrado”. Que raios tem o Ministério da Cultura, ou a RNP que seja, que se meter no desenvolvimento de sistemas para usuários finais?
Não estou discutindo aqui a validade de pesquisas acadêmicas de ponta financiadas com o dinheiro público, não é este o caso. Se a RNP estivesse, sei lá, querendo contribuir com a melhora do Dirac através de pesquisas de algoritmos de compressão baseados em wavelets ou o que quer que seja, eu não acharia a iniciativa tão ruim. Pesquisa é uma coisa, criação de produto é outra. E se o produto é um sistema web então… esquece, há incentivos de sobra nesta área para que soluções poderosas, abertas, colaborativas, inovadoras, de qualidade e de sucesso surjam sem interferência estatal/burocrática.
A impressão que eu tenho é a de que alguém quer propor o uso do nosso dinheiro num projeto fadado ao fracasso: Um YouTube.gov dos mesmos que nos agraciaram com a "TV traço", o blog do Planalto e o "Google Brasileiro".
— Porra Fabricio! Quanto rancor! O mundo não é preto e branco… veja o outro lado.
Eu sei, eu sei, não estou querendo miar o evento nem ser o do contra, prometo que vou lá, vou ouvir bastante e vou procurar entender as motivações, necessidades e crenças dos outros da reunião de trabalho, não necessariamente quero briga e estou disposto a ser contrariado e convencido, as usual. Só quero propor uma discussão anterior, na minha opinião antes de discutirmos quem vai andar na janela do Fusca é necessário dar um passo atrás e questionar se o Fusca é de fato o que queremos. Eu particularmente não quero.
Apêndice: Como politicas públicas do Brasil poderiam ser melhoradas para ajudar o vídeo livre?
There can be no freedom in art and literature where the government determines who shall create them.- Ludwig von Mises
Para não terminar o post num clima ranzinza, e para não parecer que eu só critico e não adiciono nada de positivo ao debate, segue abaixo duas simples propostas de ações por parte do poder público que podem influenciar positivamente o avanço do vídeo livre no Brasil. Retirado de uma entrevista que respondi para um levantamento que está sendo feito com produtores de conteúdo aberto no brasil, é a resposta para a pergunta do titulo acima.
Existem varias maneiras de ajudar o video livre no brasil através de mudanças nas políticas públicas, vou tentar citar algumas…
1- Democratizar o acesso a equipamentos eletronicos. Não através de leis de incentivos que beneficiam uma classe ou através de incentivos financeiros em forma de editais para dar grana para meia dúzia, isto não é democratização. A forma mais simples de realmente beneficiar TODOS é por meio de uma redução significativa nos impostos de importação, para TODOS os setores.
2- Cortar os incentivos para produções nacionais. Existe no Brasil uma certa inércia e comodismo, uma cultura de poder contar com um dinheiro a fundo perdido para produzir algo sem compromisso com qualidade, isto é na minha opinião algo que inibe inovações verdadeiras. Se fosse possivel quebrar esta cultura do Estado paizão, não só haveria menos desperdício do dinheiro público como os proprios movie-makers teriam que ir atrás de meios e formatos de produção alternativos, área onde o video livre apresenta vantages.
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Bate Papo com Lessig amanhã!!
Se você mora em São Carlos, Araraquara, Ribeirão Preto e região, não perca:
Garanta sua vaga o quanto antes através deste formulário. Mais detalhes sobre a exibição de São Carlos aqui, mais detalhes sobre outros pontos do planeta (ou se quiser assistir de casa) aqui.
Haverá também demonstrações de projetos web desenvolvidos por pessoas da região, telão com videos relacionados, distribuição de filmes abertos(traga seu pen-drive!) e um churrasco de confraternização.
Garanta sua vaga o quanto antes através deste formulário. Mais detalhes sobre a exibição de São Carlos aqui, mais detalhes sobre outros pontos do planeta (ou se quiser assistir de casa) aqui.
Haverá também demonstrações de projetos web desenvolvidos por pessoas da região, telão com videos relacionados, distribuição de filmes abertos(traga seu pen-drive!) e um churrasco de confraternização.
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
I DO want "another list of friends or followers to manage"!
Official Google Reader Blog: Readers: Get your Buzz on
I am pissed of with the fact that Google Buzz totally messed up my Google Reader, and Google folks go and write this lame blog post/excuse announcing the bug as if it was a feature…
I am VERY disappointed with the "social" folks at Google, I don't think they go out much and actually understand how social interactions really works… real people keep different contact groups for different things. I am not interested in inviting my father in law to attend a tech conference, the same way I am not interested in losing an interesting article on a sea of kitten pictures and i-just-went-to-the-bathroom personal updates from my friends.
Google, you are doing it wrong.
I am pissed of with the fact that Google Buzz totally messed up my Google Reader, and Google folks go and write this lame blog post/excuse announcing the bug as if it was a feature…
I am VERY disappointed with the "social" folks at Google, I don't think they go out much and actually understand how social interactions really works… real people keep different contact groups for different things. I am not interested in inviting my father in law to attend a tech conference, the same way I am not interested in losing an interesting article on a sea of kitten pictures and i-just-went-to-the-bathroom personal updates from my friends.
Google, you are doing it wrong.
terça-feira, janeiro 26, 2010
Lançamento: Public Videos (alpha)
Já havia anunciado no Twitter há duas semanas, mas como de lá pra cá muita coisa evoluiu, e como muitos leitores daqui não usam twitter ou não me seguem por lá, e já que esta semana vou oficialmente apresentar o projeto durante um evento em São Paulo achei que era hora de anunciar o site que tem ocupado parte do meu tempo durante os últimos meses aqui também :)
Sem mais delongas, apresento-lhes o Public Videos Alpha!
Public Videos é um repositório livre de imagens em movimento.
É uma biblioteca de clipes originais de alta qualidade, disponíveis em formato aberto (Theora) que retornam precocemente ao domínio público através do dispositivo de renúncia de direitos conhecido como Creative Commons Zero.
Encontra-se ainda em desenvolvimento, mas já acessível e com milhares de clipes para consulta, cópia, reprodução e livre reuso para quaisquer fins.
O projeto tem seu próprio blog de desenvolvimento e updates, mas acredito que vocês vão me ler falando deste projeto bastante por aqui também…
Enfim, espero que gostem, sugestões e críticas são sempre bem vindas.
Sem mais delongas, apresento-lhes o Public Videos Alpha!
O que é?
Public Videos é um repositório livre de imagens em movimento.
É uma biblioteca de clipes originais de alta qualidade, disponíveis em formato aberto (Theora) que retornam precocemente ao domínio público através do dispositivo de renúncia de direitos conhecido como Creative Commons Zero.
Encontra-se ainda em desenvolvimento, mas já acessível e com milhares de clipes para consulta, cópia, reprodução e livre reuso para quaisquer fins.
O projeto tem seu próprio blog de desenvolvimento e updates, mas acredito que vocês vão me ler falando deste projeto bastante por aqui também…
Enfim, espero que gostem, sugestões e críticas são sempre bem vindas.
domingo, janeiro 17, 2010
Sir Alexander Fleming: descobridor da penicilina
It may be that while we think we are masters of the situation we are merely pawns being moved about on the board of life by some superior power.
Leia o discurso inteiro no site da Nobel Foundation.
quarta-feira, dezembro 30, 2009
TEDx: instância São Paulo (parte III, final)
Como disse na primeira parte, a ideia de blogar rápido era aproveitar enquanto as coisas ainda estavam frescas na cabeça… demorei demais p/ sentar e escrever a terceira parte, portanto sairá ruim obviamente… mas anyways, aqui vai o que eu queria deixar documentado.
1- A organização foi acima da média.
2- As atrações musicais foram muito boas.
3- Uma vez discutindo com o @markun e o @avorio sobre o tema Barcamp, chegamos a conclusao que o Brasil precisava do equivalente ao FooCamp antes, e acho que o elitismo do formulario de RH aliado a qualidade da organizacao e das atrações podem ter surtido este efeito :)
4- Gostei muito da apresentacao de um cara ligado a um dos patrocinadores (o presidente do Santander) quem diria… nao sei se o cara foi por jabá ou não, mas uma frase de alguém lá que ele citou resume bem o que eu penso também: "suas ações falam tão alto que eu não consigo ouvir o que vc diz" ou algo do tipo. :)
1- A organização foi acima da média.
2- As atrações musicais foram muito boas.
3- Uma vez discutindo com o @markun e o @avorio sobre o tema Barcamp, chegamos a conclusao que o Brasil precisava do equivalente ao FooCamp antes, e acho que o elitismo do formulario de RH aliado a qualidade da organizacao e das atrações podem ter surtido este efeito :)
4- Gostei muito da apresentacao de um cara ligado a um dos patrocinadores (o presidente do Santander) quem diria… nao sei se o cara foi por jabá ou não, mas uma frase de alguém lá que ele citou resume bem o que eu penso também: "suas ações falam tão alto que eu não consigo ouvir o que vc diz" ou algo do tipo. :)
segunda-feira, novembro 16, 2009
TEDx: instância São Paulo (parte II)
(primeira parte aqui)
Eu setei minha expectativa lá embaixo. Esperava basicamente um desfile do “beautiful people” paulistano, essa categoria de ricos-com-peso-na-consciência que moram no morumbi, passam férias em NY, dão consultoria sobre “mídias socials”, usam sacolas de pano, não vivem sem o iPhone, tem o Prius como sonho de consumo, fazem Yoga e colaboram com uma entidade social.
Mas ainda assim, queria ouvir o que pessoas reconhecidas como destaques em áreas fora da minha zona de conforto, como biologia, engenharia, quimica, etc tinham para dizer.
E ouvir histórias de gente bem mais experiente que eu. A Dona Adozinda e o Anisio Campos eram dentre os palestrantes anunciados minhas grandes apostas, curto muito ouvir pessoas que viveram em épocas onde existiam coisas como valores, respeito, dignidade, tradições e etc…
A começar pelo email de lembrete no começo da semana com instruções e avisos de que não seriam permitidas cameras e gadgets na platéia eu comecei a me dar conta de que aquele seria um encontro no mínimo diferente dos que estou acostumado, e de que a organização era de nível superior. Não quero entrar nos méritos, vantagens e desvantages dos diferentes tipos de abordagem, mas recomendo a leitura deste artigo sobre a Audience Conference, dois trechinhos que passam a idéia do artigo:
…
Este último resume bem, eu particularmente gosto de filmar trechos de palestras e brincar de editar depois no meu laptop, mas simplesmente ouvir com 100% de atenção o que o cara está expondo com a tranquilidade de que tem gente muito mais capacitada que você documentando tudo também é legal. E no meu caso, esta tranquilidade veio quando vi que os responsáveis pela cobertura audiovisual do evento eram a turma da colmeia, e in colmeia we trust, os caras são foda. Entrei no clima “sit back and relax”. Decidi que nem notas no caderninho eu faria, pois os vídeos estarão online em breve mesmo.
Afinal havia um piano de cauda no palco, e o evento começou com um músico talentoso recitando Pneumotórax do Manuel Bandeira.
(continua…)
Minhas expectativas
Eu setei minha expectativa lá embaixo. Esperava basicamente um desfile do “beautiful people” paulistano, essa categoria de ricos-com-peso-na-consciência que moram no morumbi, passam férias em NY, dão consultoria sobre “mídias socials”, usam sacolas de pano, não vivem sem o iPhone, tem o Prius como sonho de consumo, fazem Yoga e colaboram com uma entidade social.
Mas ainda assim, queria ouvir o que pessoas reconhecidas como destaques em áreas fora da minha zona de conforto, como biologia, engenharia, quimica, etc tinham para dizer.
E ouvir histórias de gente bem mais experiente que eu. A Dona Adozinda e o Anisio Campos eram dentre os palestrantes anunciados minhas grandes apostas, curto muito ouvir pessoas que viveram em épocas onde existiam coisas como valores, respeito, dignidade, tradições e etc…
Proposta diferente
A começar pelo email de lembrete no começo da semana com instruções e avisos de que não seriam permitidas cameras e gadgets na platéia eu comecei a me dar conta de que aquele seria um encontro no mínimo diferente dos que estou acostumado, e de que a organização era de nível superior. Não quero entrar nos méritos, vantagens e desvantages dos diferentes tipos de abordagem, mas recomendo a leitura deste artigo sobre a Audience Conference, dois trechinhos que passam a idéia do artigo:
In my opinion, casually live-tweeting conferences is overrated because to a large degree it doesn’t serve an external audience very well. When 30 people are tweeting 10 times during each of 10 talks at a conference, and then people re-tweet the tweets (on a delay, naturally), the hashtag stream is a jumbled mess of disjointed quotations that don’t tell a coherent story. I’ve written about why I think tools like Posterous might be better for summarizing thoughts from events; they serve the audience better.
…
The comments on Nicole Ferraro’s blog about Audience Conference might lead you to believe that being able to film and tweet from a private, closed door event was some God-given right of Those Who Possess An iPhone. Sorry, it’s not. Loren Feldman took video of the entire event from six different angles (including a small cam pointed at, you guessed it, the audience) and he will decide how and what and when you get to see anything. Why not? It’s his show, not yours. Can you stream video from a live production of Wicked?
Este último resume bem, eu particularmente gosto de filmar trechos de palestras e brincar de editar depois no meu laptop, mas simplesmente ouvir com 100% de atenção o que o cara está expondo com a tranquilidade de que tem gente muito mais capacitada que você documentando tudo também é legal. E no meu caso, esta tranquilidade veio quando vi que os responsáveis pela cobertura audiovisual do evento eram a turma da colmeia, e in colmeia we trust, os caras são foda. Entrei no clima “sit back and relax”. Decidi que nem notas no caderninho eu faria, pois os vídeos estarão online em breve mesmo.
Afinal havia um piano de cauda no palco, e o evento começou com um músico talentoso recitando Pneumotórax do Manuel Bandeira.
(continua…)
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TEDx: instância São Paulo (parte I)
Estou com dois posts no draft sobre assuntos diferentes, mas resolvi escrever um novo a respeito do evento que ocorreu Sábado passado em São Paulo p/ aproveitar enquanto o assunto ainda está fresco e minha memória ainda não se desfez das conexões que quero documentar…
Pois bem, no começo do ano, os organizadores do TED lançaram um programa de licenciamento para pequenos grupos chamado TEDx, que tem por objetivo “replicar” em comunidades locais o formato e a proposta do evento principal, que é reunir pessoas que estão fazendo coisas diferentes/inovadoras num local e usar apresentações rápidas de 5 a 15 minutos como inspiração/incentivo para a troca de idéias.
A idéia faz todo o sentido por um lado, pois já que a intenção é espalhar idéias, delegar a mais grupos as tarefas de encontrar gente interessante e de organizar as reuniões escala melhor que apenas um evento central, anual e pago. Mas por outro lado, existe o risco de “cair em mãos erradas” vamos dizer assim, e baixar o nível e o prestígio do evento-pai, ja que não há como garantir que os grupos locais não irão simplesmente continuar fazendo as mesmas conferências de posers e gurus de sempre mas desta vez com um logo do TED endossando a palhaçada.
No geral, eu particularmente acho que vale o risco, pois na minha escala de valores um evento com palestrantes posers e gurus ainda é melhor que nada. Até porque o que vale mesmo nestas reuniões são os coffee breaks, não digo a comida ou a cerveja, mas as conversas.
What the fuck! Esta foi minha reação ao ver que o critério para o convite era um processo seletivo com base num formulário do tipo feito por pessoas de RH, e não qualquer outra coisa, como ordem de chegada por exemplo. Quando digo que o formulário tem cara de teste de admissão de funcionário do Mc Donalds eu não estou exagerando. As perguntas eram: ”Se alguém fosse descrever vc, quais seriam as 3 maiores conquistas da sua vida?”, “O que vc tem a oferecer ao mundo hoje” e “O que vc acha que o Brasil tem a oferecer ao mundo?”.
Ok, vamos ver onde é que isso vai dar, pensei eu. Como é o primeiro, vale o benefício da dúvida. Fui lá e preenchi a ficha de inscrição. Não lembro as minhas respostas, mas sei que fui sincero e comecei minha resposta para o “O que vc acha que o Brasil tem a oferecer ao mundo?” com ”Além de asilo para criminosos internacionais?…”
Eu realmente acho que o Brasil, o país, não tem nada para oferecer ao mundo, acho que patriotismo é coisa de imbecis e tento manter o meu pessimismo/realismo em níveis saudáveis para não me iludir e cair nas armadilhas daqueles que prometem o “outro mundo possível”. O Brasil é só um monte de chão cheio de fronteiras arbitrárias, não existe uma identidade ou característica coletiva que possa ser oferecida ao mundo como exemplo de nada bom: o “jeitinho brasileiro”? a “lei do gerson”? o “quem não cola não sai da escola”? Enfim eu fico puto quando alguém usa exemplos individuais de pessoas esforçadas que trabalharam e conseguiram sucesso apesar de serem brasileiras como uma conquista do Brasil, ou da nossa cultura.
Muito bem, não fui aceito. Ou pelo menos, até o penúltimo dia de inscrições, quando umas 3 levas de convites ja haviam chegado por email para meio mundo, o meu, que me inscrevi logo no começo não havia chegado. Concluí (e posso muito bem estar errado quanto a isso) que minha ficha havia sido rejeitada.
Nada mais natural, meu estilo de redação é um pouco insensível e eu ingenuamente assumo que o leitor possui o que os gringos chamam de “thick-skin“ e que vai focar no conteúdo e nas ideias ao invés de se ofender com a forma que são apresentadas. Já me custou algumas potenciais amizades, mas infelizmente é a maneira mais honesta que consigo me expressar via texto.
Como disse anteriormente, na minha escala de valores um evento que reune gente p/ coffee-breaks ainda é melhor que nada, independente dos palestrantes. E eu gosto muito de ir em eventos, acho interessante ver como as pessoas diferentes pensam e agem, gosto de ouvir sobre os projetos dos outros gosto de ouvir e também de argumentar cara-a-cara com outros seres humanos. A vida off-line é saudável.
Ou seja, eu tinha que ir, eu queria.
Fui então no último dia das inscrições e preenchi o formulário McDonalds novamente. Desta vez eu já sabia um pouco mais sobre os palestrantes e organizadores, e um pouco sobre o que eles procuravam. Consegui encaixar algumas palavras-chaves como ”meio-ambiente“, ”sustentabilidade“, “reciclagem” e “vegetariano” no texto. Joguei o jogo.
Pouco tempo depois recebi a confirmação por email, eu havia sido aceito. \o/
(continua…)
TEDx
Pois bem, no começo do ano, os organizadores do TED lançaram um programa de licenciamento para pequenos grupos chamado TEDx, que tem por objetivo “replicar” em comunidades locais o formato e a proposta do evento principal, que é reunir pessoas que estão fazendo coisas diferentes/inovadoras num local e usar apresentações rápidas de 5 a 15 minutos como inspiração/incentivo para a troca de idéias.
A idéia faz todo o sentido por um lado, pois já que a intenção é espalhar idéias, delegar a mais grupos as tarefas de encontrar gente interessante e de organizar as reuniões escala melhor que apenas um evento central, anual e pago. Mas por outro lado, existe o risco de “cair em mãos erradas” vamos dizer assim, e baixar o nível e o prestígio do evento-pai, ja que não há como garantir que os grupos locais não irão simplesmente continuar fazendo as mesmas conferências de posers e gurus de sempre mas desta vez com um logo do TED endossando a palhaçada.
No geral, eu particularmente acho que vale o risco, pois na minha escala de valores um evento com palestrantes posers e gurus ainda é melhor que nada. Até porque o que vale mesmo nestas reuniões são os coffee breaks, não digo a comida ou a cerveja, mas as conversas.
TEDx SP: Processo seletivo
What the fuck! Esta foi minha reação ao ver que o critério para o convite era um processo seletivo com base num formulário do tipo feito por pessoas de RH, e não qualquer outra coisa, como ordem de chegada por exemplo. Quando digo que o formulário tem cara de teste de admissão de funcionário do Mc Donalds eu não estou exagerando. As perguntas eram: ”Se alguém fosse descrever vc, quais seriam as 3 maiores conquistas da sua vida?”, “O que vc tem a oferecer ao mundo hoje” e “O que vc acha que o Brasil tem a oferecer ao mundo?”.
Ok, vamos ver onde é que isso vai dar, pensei eu. Como é o primeiro, vale o benefício da dúvida. Fui lá e preenchi a ficha de inscrição. Não lembro as minhas respostas, mas sei que fui sincero e comecei minha resposta para o “O que vc acha que o Brasil tem a oferecer ao mundo?” com ”Além de asilo para criminosos internacionais?…”
Eu realmente acho que o Brasil, o país, não tem nada para oferecer ao mundo, acho que patriotismo é coisa de imbecis e tento manter o meu pessimismo/realismo em níveis saudáveis para não me iludir e cair nas armadilhas daqueles que prometem o “outro mundo possível”. O Brasil é só um monte de chão cheio de fronteiras arbitrárias, não existe uma identidade ou característica coletiva que possa ser oferecida ao mundo como exemplo de nada bom: o “jeitinho brasileiro”? a “lei do gerson”? o “quem não cola não sai da escola”? Enfim eu fico puto quando alguém usa exemplos individuais de pessoas esforçadas que trabalharam e conseguiram sucesso apesar de serem brasileiras como uma conquista do Brasil, ou da nossa cultura.
Muito bem, não fui aceito. Ou pelo menos, até o penúltimo dia de inscrições, quando umas 3 levas de convites ja haviam chegado por email para meio mundo, o meu, que me inscrevi logo no começo não havia chegado. Concluí (e posso muito bem estar errado quanto a isso) que minha ficha havia sido rejeitada.
Nada mais natural, meu estilo de redação é um pouco insensível e eu ingenuamente assumo que o leitor possui o que os gringos chamam de “thick-skin“ e que vai focar no conteúdo e nas ideias ao invés de se ofender com a forma que são apresentadas. Já me custou algumas potenciais amizades, mas infelizmente é a maneira mais honesta que consigo me expressar via texto.
Segunda tentativa
Como disse anteriormente, na minha escala de valores um evento que reune gente p/ coffee-breaks ainda é melhor que nada, independente dos palestrantes. E eu gosto muito de ir em eventos, acho interessante ver como as pessoas diferentes pensam e agem, gosto de ouvir sobre os projetos dos outros gosto de ouvir e também de argumentar cara-a-cara com outros seres humanos. A vida off-line é saudável.
Ou seja, eu tinha que ir, eu queria.
Fui então no último dia das inscrições e preenchi o formulário McDonalds novamente. Desta vez eu já sabia um pouco mais sobre os palestrantes e organizadores, e um pouco sobre o que eles procuravam. Consegui encaixar algumas palavras-chaves como ”meio-ambiente“, ”sustentabilidade“, “reciclagem” e “vegetariano” no texto. Joguei o jogo.
Pouco tempo depois recebi a confirmação por email, eu havia sido aceito. \o/
(continua…)
quinta-feira, setembro 03, 2009
Nossos criativos fazendo bonito lá fora
Vi no quíquer do Guime ontem mais um belo exemplo do que as mentes de nossos capacitados profissionais de propaganda são capazes de gerar. A DM9/DDB aparentemente produziu um gasparzin… digo, uma campanha(muito infeliz, que fique claro) para a WWF Brasil que usa como exemplo de motivo para se importar com a ecologia, os atentados de 11 de Setembro.
Hãn? Hein!?? Cuma??
Parece que é isso mesmo, não pregunte… o fato é que a piada de corda chegou até a casa dos enforcados e como não poderia deixar de ser, atingiu o ventilador.
Como se não bastasse a falta de noção e bom senso. A peça foi inscrita em um desses concursos, com o logo (que a entidade alega não ter autorizado) da ONG e ganhou um prêmio.
É…
…Parabéns?
…Instant Brasil-il?
Enfim, isto foi só para descrever o contexto. Vamos a análise do filme em si:
Ok, deixa eu ver se entendi a mensagem do reclame acima, se é que este anúncio de mal gosto tem alguma…
Requer um certo esforço e uma mentalidade, como diria… “especial“ para conseguir raciocinar como esta gente, mas acho que peguei o espírito: devemos doar dinheiro para a WWF. Senão ela vai lá e conta tudo pra mamãe natureza, e pede uns terremotos, uns maremotos, ameaça botar vulcões extintos em atividade e se bobear até faz cair uns meteóros na casa de quem não reciclou seu lixo!
[Update 1: 2009-09-03:9am] Vejo no twitter do Zambrano que a WWF está dando uma de Cicarelli/Professora-do-todo-enfiado e emitindo DMCA takedown notices a rodo para tentar colocar a pasta de dente de volta no tubo…
Aqui a nota da WWF sobre o assunto.
E aqui a nota da DM9 sobre o assunto (English) que estão na home do site dm9 ponto com ponto br hoje.
[Update 2: 2009-09-03 10:40am] Adicionei um parênteses no primeiro parágrafo para não deixar dúvidas de que eu desaprovo este filme. Coloquei como parte do post apenas para demonstrar meu ponto, não para endossar de qqer forma esta propaganda injustificável. Ironia meu povo! Quando escrevi "elogios" como "parabéns?", "fazendo bonito" e similares, eu estava sendo irônico. ok?
Hãn? Hein!?? Cuma??
Parece que é isso mesmo, não pregunte… o fato é que a piada de corda chegou até a casa dos enforcados e como não poderia deixar de ser, atingiu o ventilador.
Como se não bastasse a falta de noção e bom senso. A peça foi inscrita em um desses concursos, com o logo (que a entidade alega não ter autorizado) da ONG e ganhou um prêmio.
É…
…Parabéns?
…Instant Brasil-il?
Enfim, isto foi só para descrever o contexto. Vamos a análise do filme em si:
Ok, deixa eu ver se entendi a mensagem do reclame acima, se é que este anúncio de mal gosto tem alguma…
- Um atentado terrorista planejado matou vários
- Uma tragédia natural aleatória matou 100 x vários
- Na verdade o tsunami não foi um evento aleatório. Aconteceu pq a mãe Terra, este ser brutalmente poderoso e vingativo não gosta da humanidade, assim como um bando de fanáticos religiosos não gostam da maior democracia do planeta.
- Respeite quem é brutalmente poderoso, respeite o planeta e respeite os terroristas.
Requer um certo esforço e uma mentalidade, como diria… “especial“ para conseguir raciocinar como esta gente, mas acho que peguei o espírito: devemos doar dinheiro para a WWF. Senão ela vai lá e conta tudo pra mamãe natureza, e pede uns terremotos, uns maremotos, ameaça botar vulcões extintos em atividade e se bobear até faz cair uns meteóros na casa de quem não reciclou seu lixo!
[Update 1: 2009-09-03:9am] Vejo no twitter do Zambrano que a WWF está dando uma de Cicarelli/Professora-do-todo-enfiado e emitindo DMCA takedown notices a rodo para tentar colocar a pasta de dente de volta no tubo…
Aqui a nota da WWF sobre o assunto.
E aqui a nota da DM9 sobre o assunto (English) que estão na home do site dm9 ponto com ponto br hoje.
[Update 2: 2009-09-03 10:40am] Adicionei um parênteses no primeiro parágrafo para não deixar dúvidas de que eu desaprovo este filme. Coloquei como parte do post apenas para demonstrar meu ponto, não para endossar de qqer forma esta propaganda injustificável. Ironia meu povo! Quando escrevi "elogios" como "parabéns?", "fazendo bonito" e similares, eu estava sendo irônico. ok?
quinta-feira, julho 09, 2009
TV Pra quê?
[post escrito em 13 de Maio, não sei pq enrolei tanto com ele no Draft…]
Como parece que eu só me animo para atualizar o blog quando é para xingar alguém ou dar vazão a minha veia ranzinza, estou começando uma nova categoria de posts aqui, o "TV pra quê?" onde tentarei dar algumas dicas de produções bacanas que podem ser acompanhadas pela web.
De cara, dois seriados, um gringo e um nacional:
Sci-fi low budget, ou como dizem no site "no-budget", criada por Trenton Lepp que se passa num futuro próximo onde robôs humanoides são realidade e gira em torno das frustrações humanas do protagonista que adquiri uma "companheira" andróide em busca de conforto.
Aqui o trailer:
Está no terceiro episódio e parece promissor.
Site: http://www.conditionhuman.com/
Episódios: http://vimeo.com/user1160921
Produção nacional profissa e (até onde sei) independente de muletas .gov tão comuns no nosso país. Financiada em parte pelos próprios fãs, parceria da éoqhá com o enxame dirigido por Matheus Siqueira.
Este conta ainda com algumas ramificações semi-relacionadas, como o video blog, o flickr stream e o twitter do ator principal.
Também no terceiro episódio e melhorando a cada novo.
Aqui o episódio piloto:
Site: http://flyingkebab.com/
Mais dicas na caixa de comentários são bem-vindas :)
Como parece que eu só me animo para atualizar o blog quando é para xingar alguém ou dar vazão a minha veia ranzinza, estou começando uma nova categoria de posts aqui, o "TV pra quê?" onde tentarei dar algumas dicas de produções bacanas que podem ser acompanhadas pela web.
De cara, dois seriados, um gringo e um nacional:
condition:human
Sci-fi low budget, ou como dizem no site "no-budget", criada por Trenton Lepp que se passa num futuro próximo onde robôs humanoides são realidade e gira em torno das frustrações humanas do protagonista que adquiri uma "companheira" andróide em busca de conforto.
Aqui o trailer:
Está no terceiro episódio e parece promissor.
Site: http://www.conditionhuman.com/
Episódios: http://vimeo.com/user1160921
Flying Keebab
Produção nacional profissa e (até onde sei) independente de muletas .gov tão comuns no nosso país. Financiada em parte pelos próprios fãs, parceria da éoqhá com o enxame dirigido por Matheus Siqueira.
Este conta ainda com algumas ramificações semi-relacionadas, como o video blog, o flickr stream e o twitter do ator principal.
Também no terceiro episódio e melhorando a cada novo.
Aqui o episódio piloto:
Site: http://flyingkebab.com/
Mais dicas na caixa de comentários são bem-vindas :)
segunda-feira, junho 22, 2009
terça-feira, junho 16, 2009
Open Video Conference
Embarco dentro de instantes p/ os states, o objetivo é atender a esta conferência aqui:
Estou bem empolgado com o lineup e com o Hack Day do Domingo, é capaz que eu dê um flood nos meus streams do twitter e do identi.ca, portanto, se vc me segue e não da a mínima p/ o assunto, considere isto um aviso p/ desabilitar as notificacoes e/ou ou me remover da sua lista durante o fim de semana. Mas caso vc tenha interesse em ficar por dentro do que vai rolar, recomendo a cobertura ao vivo no proprio site do evento.
[Update 20-Jun-2009 ] Aqui o embed:
Este Junho anda intenso, estou fechando um freela que preciso entregar esta semana(e do qual pretendo escrever quando o site for pro ar), e voltando p/ o brasil vou de chuá p/ POA cair de paraquedas(é assim que escreve isso agora?) no FISL.
Haja saúde! :/)\ (emoticon H1N1 compliant)
Estou bem empolgado com o lineup e com o Hack Day do Domingo, é capaz que eu dê um flood nos meus streams do twitter e do identi.ca, portanto, se vc me segue e não da a mínima p/ o assunto, considere isto um aviso p/ desabilitar as notificacoes e/ou ou me remover da sua lista durante o fim de semana. Mas caso vc tenha interesse em ficar por dentro do que vai rolar, recomendo a cobertura ao vivo no proprio site do evento.
[Update 20-Jun-2009 ] Aqui o embed:
Este Junho anda intenso, estou fechando um freela que preciso entregar esta semana(e do qual pretendo escrever quando o site for pro ar), e voltando p/ o brasil vou de chuá p/ POA cair de paraquedas(é assim que escreve isso agora?) no FISL.
Haja saúde! :/)\ (emoticon H1N1 compliant)
quarta-feira, maio 13, 2009
Dilema moral
Ano passado registrei o dominio fabricio.org e passei a usá-lo para minha página pessoal, também mudei meu email principal para fabricio@ neste domínio. Tudo muito bem.
Até que umas duas semanas atrás eu recebo um email de um Fabricio que um dia num passado remoto ja foi dono do domínio pedindo se poderia continuar usando o (agora)meu email como login dele no MSN…
Eu respondi dizendo que achava errado ele usar o email de outra pessoa como login dele, e que eu preferia que ele atualizasse o cadastro dele no site da Microsoft para que o email refletisse o que ele usa atualmente, mas que eu a princípio não tinha interesse em abrir uma conta no msn com meu email ou dar claim nesta conta existente e portanto a decisão sobre se ele deveria ou nao avisar os contatos dele do msn que sua conta estava em risco de ser sumariamente desativada era dele.
Pois bem, não fiz nada, segui minha vida normalmente sem me preocupar em sacanear ninguém, mesmo sabendo que o que ele está fazendo é controverso, para não dizer errado.
Mas acontece que eu comecei a receber pedidos de amizade do Windows Live e mensagens endereçadas a ele na minha conta de email, coisa que, coincidentemente ou não, nunca havia acontecido antes dele me avisar que tal conta existia… E agora eu estou com vontade de dar um recover password e terminar aquela conta.
O que devo fazer? Dar a ele uma semana p/ avisar todos os contatos de que ele irá mudar de msn? Deixar ele com a conta e conviver com os spams que eu não precisaria receber? Pegar a conta e avisar sobre o novo email dele eu mesmo? Auto-reply com goatse?
Até que umas duas semanas atrás eu recebo um email de um Fabricio que um dia num passado remoto ja foi dono do domínio pedindo se poderia continuar usando o (agora)meu email como login dele no MSN…
Eu respondi dizendo que achava errado ele usar o email de outra pessoa como login dele, e que eu preferia que ele atualizasse o cadastro dele no site da Microsoft para que o email refletisse o que ele usa atualmente, mas que eu a princípio não tinha interesse em abrir uma conta no msn com meu email ou dar claim nesta conta existente e portanto a decisão sobre se ele deveria ou nao avisar os contatos dele do msn que sua conta estava em risco de ser sumariamente desativada era dele.
Pois bem, não fiz nada, segui minha vida normalmente sem me preocupar em sacanear ninguém, mesmo sabendo que o que ele está fazendo é controverso, para não dizer errado.
Mas acontece que eu comecei a receber pedidos de amizade do Windows Live e mensagens endereçadas a ele na minha conta de email, coisa que, coincidentemente ou não, nunca havia acontecido antes dele me avisar que tal conta existia… E agora eu estou com vontade de dar um recover password e terminar aquela conta.
O que devo fazer? Dar a ele uma semana p/ avisar todos os contatos de que ele irá mudar de msn? Deixar ele com a conta e conviver com os spams que eu não precisaria receber? Pegar a conta e avisar sobre o novo email dele eu mesmo? Auto-reply com goatse?
segunda-feira, abril 20, 2009
Mensagem aberta ao sócio-fundador da "Internet do Brasil"
Soube que recentemente Vossa Senhoria tentou reparar este grave erro histórico que era a falta de um verbete na Wikipedia sobre sua nobre agência de publicidade, que, como todos sabemos foi VITAL para a existência e popularização da Web no Brasil.
Afinal, quem não se lembra da saudosa equipe de criação que conseguiu um backbone p/ nós pobres mortais, ou das graciosas meninas do atendimento que escreviam RFCs e contribuiam com outras discussões de protocolos junto com os diretores de arte que tinham que dividir seu tempo entre propor novos padrões e moderar aquela indispensável lista de discussão sobre Web Design.
De fato é inexplicável e indesculpável tamanha omissão por parte dos editores desta enciclopediazinha barata, inútil e desprezível. Tenha certeza de que apóio seu humilde gesto de descer do seu trono e reparar este erro com suas próprias mãos.
Cofesso que fiquei não apenas surpreso como deveras REVOLTADO também, quando soube que o seu verbete proposto havia sido sumariamente deletado por este bando de moleques proto-ditadores desocupados e ignorantes. É um ultraje.
Dito isto, cabe a mim lembrá-lo de algo que, como fundador da web no brasil, V. S.ª deveria estar cansada de saber: o grande poder da rede está em sua descentralização, nos nós independentes interconectados, e não em um ou outro site ou ponto específico que por ingerência seria capaz de se tornar um gargalo.
Ao invés de criticar a Wikipedia, assumindo assim que ela possui alguma relevância ou valor autoritativo sobre os outros sites da rede, por que não tornar este seu verbete rejeitado uma página própria, hospedada em seu próprio servidor livre de policiamento wikipediano? Ou mesmo quem sabe, ir um passo além e criar sua própria enciclopédia colaborativa, com suas próprias regras que a fariam diferente destes wikis colaborativos pero no mucho dos quais estamos fartos.
Tenho certeza de que seria uma tarefa trivial p/ alguém da sua altura. Arranjar contribuidores p/ um wiki alternativo não seria problema p/ quem criou a web brasileira do nada, arrisco dizer que tomaria não mais que 10 minutinhos ;)
Do seu admirador
Fabricio Zuardi
Afinal, quem não se lembra da saudosa equipe de criação que conseguiu um backbone p/ nós pobres mortais, ou das graciosas meninas do atendimento que escreviam RFCs e contribuiam com outras discussões de protocolos junto com os diretores de arte que tinham que dividir seu tempo entre propor novos padrões e moderar aquela indispensável lista de discussão sobre Web Design.
De fato é inexplicável e indesculpável tamanha omissão por parte dos editores desta enciclopediazinha barata, inútil e desprezível. Tenha certeza de que apóio seu humilde gesto de descer do seu trono e reparar este erro com suas próprias mãos.
Cofesso que fiquei não apenas surpreso como deveras REVOLTADO também, quando soube que o seu verbete proposto havia sido sumariamente deletado por este bando de moleques proto-ditadores desocupados e ignorantes. É um ultraje.
Dito isto, cabe a mim lembrá-lo de algo que, como fundador da web no brasil, V. S.ª deveria estar cansada de saber: o grande poder da rede está em sua descentralização, nos nós independentes interconectados, e não em um ou outro site ou ponto específico que por ingerência seria capaz de se tornar um gargalo.
Ao invés de criticar a Wikipedia, assumindo assim que ela possui alguma relevância ou valor autoritativo sobre os outros sites da rede, por que não tornar este seu verbete rejeitado uma página própria, hospedada em seu próprio servidor livre de policiamento wikipediano? Ou mesmo quem sabe, ir um passo além e criar sua própria enciclopédia colaborativa, com suas próprias regras que a fariam diferente destes wikis colaborativos pero no mucho dos quais estamos fartos.
Tenho certeza de que seria uma tarefa trivial p/ alguém da sua altura. Arranjar contribuidores p/ um wiki alternativo não seria problema p/ quem criou a web brasileira do nada, arrisco dizer que tomaria não mais que 10 minutinhos ;)
Do seu admirador
Fabricio Zuardi
quinta-feira, março 19, 2009
Dia triste ( Unfollow )
Poxa, eu curto muito o cara, mas existe uma linha que cada um de nós deve traçar e dizer: "espera aí, fazer isso já é cruzar a barreira". Para alguns é posar nu, para outros é aceitar suborno ou experimentar cocaína, para mim é se vender p/ a Telefónica, e infelizmente o Marcelo Tas caiu nessa… :(
Estou triste e decepcionado, me parecia um cara inteligente e de princípios, sei que andar cercado de publicitários e num ambiente que vive as custas de anunciantes acaba amaciando a pessoa e um acordo p/ fazer uns "intervalos comerciais" no blog (sim, twitter é blog) acaba parecendo uma coisa normal, mesmo que a empresa patrocinadora seja uma das campeãs na minha opinião de desrespeito ao consumidor.
Não o culpo, quem está errado nesta história não é ele, são os marketeiros que em sua já folclórica falta ne noção acham que podem subsituir a autenticidade valiosa da rede por propaganda pura e simples, em outras palavras, acham que podem comprar uma boa reputação alugando o twitter de alguém que já tenha construído uma.
Mas felizmente não é assim que funciona, e cedo ou tarde a ficha cairá p/ estes dinosauros da propaganda(se não entrarem em extinção antes). Enquanto a mentalidade for top-down, ou seja, "ganhe clientes através de promessas via propagandas" ao invés de bottom-up "ofereça um serviço decente, responda os pedidos de quem está te pagando e como consequencia disso ganhe novos clientes de forma orgânica" nada vai mudar, continuaremos tendo péssimos serviços e alguns amigos tendo que trabalhar duro p/ reconstruir uma reputação queimada por vacilos induzidos desta gente.
Aqui um pequeno apanhado das reações (tiradas das mais de 20 paginas, no momento deste post, no search.twitter a respeito):
[Update 1] Sérgio Teixeira Jr. em post no portal Exame dá alguns detalhes sobre o contrato(ou pacto se preferirem) com o pemba, digo, a Telefónica. Marcelo ainda não publicou o post prometido.
[Update 2] Marcelo finalmente escreveu sobre o assunto em seu blog.
[Update 3] Esclarecidos os fatos: haverá mesmo anúncios pagos no twitter do Tas, nos resta saber what's next? Tweets sobre restaurantes com área de fumantes usando a tag #marlboro_rocks, tweets sobre casas de burlesco usando a tag #guia_preserv? Dicas de cassinos em Vegas? Quem viver verá :)
Estou triste e decepcionado, me parecia um cara inteligente e de princípios, sei que andar cercado de publicitários e num ambiente que vive as custas de anunciantes acaba amaciando a pessoa e um acordo p/ fazer uns "intervalos comerciais" no blog (sim, twitter é blog) acaba parecendo uma coisa normal, mesmo que a empresa patrocinadora seja uma das campeãs na minha opinião de desrespeito ao consumidor.
never compromise. not even in the face of armaggedon!(photo by haunted snowfort)
Não o culpo, quem está errado nesta história não é ele, são os marketeiros que em sua já folclórica falta ne noção acham que podem subsituir a autenticidade valiosa da rede por propaganda pura e simples, em outras palavras, acham que podem comprar uma boa reputação alugando o twitter de alguém que já tenha construído uma.
Mas felizmente não é assim que funciona, e cedo ou tarde a ficha cairá p/ estes dinosauros da propaganda(se não entrarem em extinção antes). Enquanto a mentalidade for top-down, ou seja, "ganhe clientes através de promessas via propagandas" ao invés de bottom-up "ofereça um serviço decente, responda os pedidos de quem está te pagando e como consequencia disso ganhe novos clientes de forma orgânica" nada vai mudar, continuaremos tendo péssimos serviços e alguns amigos tendo que trabalhar duro p/ reconstruir uma reputação queimada por vacilos induzidos desta gente.
Aqui um pequeno apanhado das reações (tiradas das mais de 20 paginas, no momento deste post, no search.twitter a respeito):
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crisdias http://migre.me/aRL - @marcelotas faz a campanha de serviço da Telefonica no Twitter #chaching! 19 Mar 2009 from web fseixas O twitter do @marcelotas é dele e ele faz o que quiser com ele. Seus seguidores também fazem o que quiserem. #unfollowmarcelotas 19 Mar 2009 from Tweetie arnaldobranco Seguirei exemplo do @marcelotas e citarei a Telefonica em 20 twitts p/ mês. Primeiro: A Telefonica é recordista de reclamações no Procon. 19 Mar 2009 from web fczuardi @marcelotas sold out to, in my opinion, the worst ISP in Brazil http://is.gd/o2vE , in other news, marketers continue "not getting it" 19 Mar 2009 from web fczuardi Será que o @marcelotas consegue acabar com a "ajuda"nabusca p/ clientes Speedy http://is.gd/o2GK ? Seria um bom começo #unfollowmarcelotas 19 Mar 2009 from web dudex no more mr nice guy no twitter? Merchand em 140 char que funcione vai ser um desafio bacana de acompanhar. Boa sorte @marcelotas 19 Mar 2009 from mobile web felipevaz dica pro @marcelotas: ainda dá tempo pra sair de bom moço e dizer que recusa fazer o advertwitting "porque o seu público não quer" 19 Mar 2009 from web
[Update 1] Sérgio Teixeira Jr. em post no portal Exame dá alguns detalhes sobre o contrato(ou pacto se preferirem) com o pemba, digo, a Telefónica. Marcelo ainda não publicou o post prometido.
[Update 2] Marcelo finalmente escreveu sobre o assunto em seu blog.
[Update 3] Esclarecidos os fatos: haverá mesmo anúncios pagos no twitter do Tas, nos resta saber what's next? Tweets sobre restaurantes com área de fumantes usando a tag #marlboro_rocks, tweets sobre casas de burlesco usando a tag #guia_preserv? Dicas de cassinos em Vegas? Quem viver verá :)
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