quinta-feira, março 18, 2010

Precisamos de um Youtube.gov? (parte II)

Ok, fim do primeiro dia, tudo ficou mais claro.

Eu de fato cai de pára-quedas no evento do post anterior. Procurei entender melhor o porque da reunião, o que é que o Ministério da Cultura está propondo e em que pé a coisa está.

Em poucas palavras, do que eu entendi é basicamente isto:

1- O Ministério tem um projeto de digitalização do acervo da cinemateca nacional já em andamento, e quer aproveitar o embalo para disponibilizar estes conteúdos para quem quiser ou precisar.
2- Isto justificou o repasse de uma verba x (ouvi 10 milhões) para se criar um "sistema de gerenciamento de acervos". Um "kaltura melhorado" nas palavras do Pedro (que pacientemente tentou me explicar a motivação).
3- Já que o desenvolvimento de tal sistema pretende ser levado adiante, quis-se reunir nestes 3 dias pessoas ligadas a n instituições públicas que poderiam eventualmente se aproveitar de um gerenciador de acervos, para listar as necessidades atuais e outros requisitos.

Eu, como disse anteriormente, fui convidado quase que "por engano", já que não compartilho da visão sobre o que muitos ali entendem por "interesse público". Dizer que eu estava fora da minha zona de conforto ali seria um resumo insuficiente, eu estava é num episódio de Twilight Zone, overdose de bizarrices. Foi muito para mim.

Não vou dizer que não aproveitei nada porque seria mentira, aproveitei muito na verdade, as conversas do almoço, dos coffee breaks e todos os bate-papos do lado de fora das salas de reuniões foram proveitosos. Mas não contribui (e nem pretendo) com as reuniões, discussões sobre o sexo dos anjos, grupos de trabalho e demais atividades, não é minha praia, prefiro ficar de fora.

Um comentário:

Teresa Almeida disse...

Interessante, pode-se dizer. Ainda mais que hoje em dia todo mundo quer aproveitar qualquer mínima chance mesmo que não compartilhe do foco principal. O Minc veio cheio de projetos e pelo visto está espalhando dinheiro por aí. Espero que seja aproveitado em cultura realmente e não jogado fora como já se viu muitas vezes.